Bones: The Devil In The Details (05×14)

Dessa vez a descoberta do corpo não foi nojenta. Foi apenas arrepiante – ainda mais se você levar em conta meu passado católico, bastante semelhante ao do personagem de Booth.

Na verdade, sempre foi nos momentos em que Booth e Brennan ficam em lados opostos por conta da religião em que eu me identificava com o agente do FBI. Com o passar do tempo, e por questões extremamente pessoais, eu fui me identificando cada vez mais com Brennan e sua lógica e, talvez por isso, eu tenha entendido tão bem os dois lados neste episódio.

Não que, em algum momento, eu acreditasse que ali tínhamos um demônio de verdade. Mas entendi bem essa questão do mal em si, em acreditar no mal.

Defeito do episódio: sacar o culpado do nada, enquanto a investigação ao longo do episódio indicava outro caminho. Sei que sou eu que tenho problema com essas soluções, fazer o que, mas neste episódio em especial a coisa ficou pior porque a trama dentro do hospital era muito mais interessante, ou você vai me dizer que criou empatia pelo drama da família?

Melhores momentos: todos envolvendo Vaziri. E vale dizer que, após a saída de Zack, eu achava o fim essa rodada de assistentes. Hoje penso que os roteiristas sabem usar bem isso em função do episódio. Como nesse, envolvendo questões religiosas e usar Vaziri – ao mesmo tempo as situações deram leveza ao episódio, mas nos fizeram refletir sobre o diabo que carregamos dentro de nós.

Outro bom momento: quando Neil, psiquiatra do hospital, a confronta quando ao valor do trabalho que ambos fazem e não aceita sua explicação como uma desculpa. Por mais que eu tenha empatia com Brennan eu acho importante quando alguém a coloca fora de seu ambiente de segurança.

A despeito de minhas empatias, vale a mensagem final: o importante não é como você acorda para um novo dia, mas sim você encontrar a paz e força necessária em algum lugar para que isso aconteça.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. confesso que me irritei com a falta de noção da Brennan quanto ao valor profissional do psiquiatra do hospital, ainda bem que ele de uma maneira muito civilizada chamou atenção dela …. mesmo ela não dando o braço a torcer

    aprecio muito os momentos religiosos, principalmente de Vaziri, ele e Booth conseguem atingir lá dentro do ser humano sem precisar converter para suas crenças, é tudo pessoal como deveria ser

    com a saida do Zach pensei que teriamos UM substituto, mas foi brilhante a “sacada” de ter esse rodízio de assistentes, a diversidade de cada um deles enriquece os episódios
    é claro que para cada um de nós existem O ou OS prefiridos(S), no meu caso só existe O Menos preferido que é a Dayse

    :p

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