Todos falaram do Papa durante sua visita ao Brasil, muitos continuam falando. Já ouvi gente elogiando muito, textos muitos bons sobre o exemplo que ele está dando, sobre sua vida. Já vi muita gente criticando ele, a igreja, o evento, a bagunça, o governo. Teve santa sendo quebrada, algo bem triste, teve gente falando que o papa é marketeiro.
Posso dizer uma coisa então? Estou na torcida pro marketing desse senhor simpático que lembra meu avô espanhol dar certo. Dar tão certo que a gente comece a praticar mais amor, mais respeito, mais doçura e mais acolhimento.
Que a gente possa olhar o diferente de forma calma, que a gente possa admirar uma pessoa independentemente da religião, partido, cor de pele ou jeito que se veste.
Que a gente possa enxergar qualidades e baixar a voz, baixar o tom, ficar menos defensivo.
Porque, gente, está difícil continuar acreditando que os bons são maioria em meio a tanta intolerância – e de todo lado, mesmo daqueles que clamam por tolerância quando é com eles. Está difícil acreditar que tudo ficará bem quando todo mundo aponta tanto o dedo pro outro, pouco importa qual opção ou condição de vida. Tem dias em que é difícil manter a tal esperança que é a última que morre.
Eu sei que muita gente acha que revolução só se faz quebrando coisas e falando alto e eu até concordo que faz parte, mas também acho que a gente pode aprender pelo exemplo, que uma corrente do bem (sim, que nem naquele filme de que a maioria não gostou e eu adorei) pode acontecer de verdade.
Se a gente tentar ter empatia, se a gente realmente se colocar no lugar do outro.
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Texto de Cora Ronai compartilhado por ela em seu Facebook:
Considero as religiões organizadas o grande flagelo do mundo. Ao longo dos milênios, elas têm feito mais mal do que bem à humanidade, com suas mensagens de atraso, segregação e intolerância.
Às vezes, porém, deste meio corrupto brotam uns raros homens de bem, genuinamente interessados no bem estar dos seus semelhantes.
Acabo de assistir à entrevista que o Papa Francisco deu ao Fantástico. Questões religiosas à parte, não me lembro de ter ouvido nenhum líder religioso ou chefe de estado falar com tanto bom senso, humanismo e inteligência.
Longa vida a este homem digno, que não desonra a sua fé.
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Olá, Simone!
Adorei o seu texto! O Papa é mesmo um exemplo, no Brasil ele falou sobre vários pontos importantes, até mesmo sobre homossexualidade, de forma tão lúcida e serena. Exemplo de amor e respeito!
Rita