Fime: Carrossel

Se tinha algo ansiado pela Carol todo ano era, além do seu aniversário, claro, o acampamento. Duas escolas em que ela estudou tinha essa viagem no segundo semestre, dois ou três dias em um lugar escolhido com carinho, com todos os melhores amigos, com direito a piscina, luta na lama e caça ao tesouro à noite. Como não amar?

Pois a turma da escola Mundial de Carrossel cresceu um pouquinho (alguns bastante), mas também ganhou direito a estas aventuras agora que a novelinha/série de TV virou filme.

Carrossel O Filme

Sim, esta semana Carrossel – O Filme chegou as telonas dos cinemas – a tempo de agitar as férias – e está pronto para agradar a família toda. Eu, por exemplo, levei comigo a minha pré-adolescente favorita na cabine de imprensa e ela fez o maior elogio que uma criança pode fazer para uma obra: “a gente pode assistir de novo?”

Carol, que já era fã da novelinha e eu já tinha assistido a vários episódios com ela, riu alto com as palhaçadas do roteiro que levou praticamente a turma toda ao Panapaná, acampamento do avô da Alicia, para uns dias de férias.

O que a turma não imaginava é que, além de cair na lama, teriam que enfrentar um vilão disposto a acabar com a alegria de todo mundo e transformar o verde do acampamento em fábrica de produtos químicos.

Sim, eu sei, crianças sem supervisão – mais ou menos, a diretora Olívia e a Graça estão lá – e um vilão é algo já usado, com sucesso, em Esqueceram de Mim, por exemplo, citado no filme e na cabine de imprensa. Mas, como eu sempre digo no meu outro blog: o que importa é como a história é contada e não se ela é inédita e aqui ela é muito bem contada.

Até porque não tinha como dar errado com os ingredientes usados: uma turminha animada e que adora uma brincadeira, um ambiente gostoso com bastante espaço e verde, a mesma doçura da série renovada, trilha sonora que contagia e vilões atrapalhados. Tudo é motivo para muita risada.

Falando em vilões atrapalhados e de Titãs (como não amar?): depois de Arnaldo Antunes (Eu e Meu Guarda Chuva), é a vez de Paulo Miklos desbravar os cinemas em uma produção infantil. Mas enquanto Arnaldo fez apenas uma ponta, muito boa, como “o cara do achados e perdidos” em uma viagem de trem-avião-a pé pelo mundo, Paulo dá cara a Gonzalez, o vilão sempre acompanhado de seu fiel escudeiro, Gonzalito.

E, sim, eu já gostava da doçura da série, que serve bem para mostrar que a nossa infância e a atual, tirados os aparatos tecnológicos, é sim bem parecida. Criança é sempre criança e quer mesmo é brincar.

Só que, tchan nã nã nã nam, eles cresceram e o filme traz um novo casal na turma. Não vou contar aqui, mas ele é uma graça, viu? Ah, e rola um selinho muito esperado! 😉

Sinopse
Em férias, os alunos da Escola Mundial viajam para o acampamento Panapaná, pertencente ao avô de Alicia. Lá eles participam de uma gincana organizada pelo senhor Campos, que faz o possível para que as crianças se divirtam a valer. Entretanto, a chegada de González agita o local, já que ele representa uma incorporadora que pretende comprar o terreno do acampamento para transformá-lo em uma fábrica poluidora. Para atingir seu objetivo, González e seu fiel parceiro Gonzalito usam de todos os artifícios possíveis, inclusive sabotar o acampamento e difamar seu Campos.

Direção de Maurício Eça e Alexandre Boury

Na coletiva…

Tive oportunidade de conversar um pouquinho com os diretores, Maurício e Alexandre, a produtora, Diane Maia, Oscar Filho (Gonzalito), Paulo Miklos (Gonzalez), Jean Paulo Campos (Cirilo), Maísa Silva (Valéria), Stefany Vaz (Carmen) e Lucas Santos (Paulo).

Entre as várias risadas de quem já tem muito tempo de estrada juntos foi legal saber que as crianças puderam realmente curtir o acampamento além das filmagens, afinal eles nunca tinham estado em um acampamento antes, que o roteiro foi “cuidado” para refletir a mudança de faixa etária da turminha, e que os adultos também se divertiram aprontando – por aprontar entenda-se o Oscar Filho deixando para lá os dublês e, digamos assim, cair de cara no trabalho.

A melhor explicação para quem é o Gonzalito, inclusive, é do próprio Oscar: “ele é um Minion”.

Oscar e Paulo, inclusive, disseram ter muita liberdade para montar seus personagens, o que reflete na forma como eles aparecem na tela.

Já a criançada, que fala super bem, dá respostas firmes e é cheia de opiniões, falou sobre as diferenças entre televisão e cinema, sobre como é ser conhecido em todos os lugares, mas, principalmente, falaram do quanto foi legal estar todos juntos de novo depois de dois anos do encerramento da série.

Agora, acho importante destacar que, mesmo articulados, ali estavam quatro crianças parecidas com a minha filha, ou seja, eles ressaltaram muito o quanto foi legal filmar, mas também se jogar na lama, invadir a área do acampamento ocupada por hóspedes de lá e participar de uma “balada”, jogar pebolim, comer lanchinhos e como será contar aos filhos no futuro que eles fizeram cinema.

Uma delícia vê-los contar tanta coisa legal e, assim como fez diferenças os atores que interpretaram os vilões “criarem seus papéis”, a diversão que você vê na tela não foi à toa…

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

Deixe uma resposta