Tenho meia dúzia de rascunhos de resenhas sobre as séries da Apple TV – já te disse que a considero a melhor produtora de conteúdo da atualidade? – que não consigo terminar. Aí ontem, assistindo ao último episódio de Shrinking me toquei que tem algo de que não estou falando em nenhum deles e é muito importante: a qualidade das aberturas das séries da plataforma. São todas incríveis, sempre perfeitas para o conteúdo que será entregue, inteligentes mesmo. Impossível “pular a abertura”. As minhas favoritas:
Shrinking: começar por aquela que me deu a ideia deste post. A série centra suas tramas em três psicólogos que dividem uma clínica, suas famílias e pacientes. Harrison Ford e Jason Segel interpretam os personagens principais e a cada episódio me arrancam risos e lágrimas em mesma medida, me fazendo refletir sobre a vida por horas – algo que pode ser considerado raro para uma série de comédia de episódios de 30 minutos.
Em sua abertura o cérebro é representado por um imenso labirinto e quem assiste a série vai pouco a pouco reconhecendo os personagens tentando sair dali ou ajudando a alguém a sair do buraco.
Severance: nós, fãs da série, não aguentamos mais de ansiedade a espera da segunda temporada. Se você não é fã é porque não assistiu ainda. A série tem direção de Ben Stiller (que eu AMOOOO) e é centrada na vida de Mark (Adam Scott), um funcionário das Indústrias Lumon que concorda em participar de um programa de “ruptura” no qual suas memórias sem relação com o trabalho são separadas de suas memórias com o trabalho. Talvez o mais fascinante de tudo é que, ao mesmo tempo em que soa absurdo algo assim ser realizado, parece perto demais da realidade para não termos medo de que aconteça.
Slow Horses: Ainda não que não tenha algo de realmente novo – mostra os principais personagens surgindo e sumindo entre paredes com um toque noir – a abertura da minha série de espionagem favorita desta década tem música da Rolling Stones escrita especialmente para acompanhar a adaptação dos livros Mick Herron. E só isso, meus amigos, já vale não pular.
Las Azules: As Mulheres de Azul por aqui, a minissérie mexicana conta a história das primeiras mulheres na polícia mexicana. Aquilo que seria apenas uma ação de marketing do governo acabou por ser a forma perfeita de um grupo de mulheres reverem sua posição em uma sociedade incrivelmente machista. Junte-se isso a uma boa trama de assassino em série e pronto. A abertura traz a cantora Ximena Sariñana cantando uma versão linda de You Don’t Own Me de Lesley Gore.
Link Permanente
A minha favorita é a abertura da Pachinko, não consigo ficar parada com aquela música e aqueles atores e atrizes lindamente dançando e o lindo do Minho fazendo o passe moonwalk. Mesmo que na segunda temporada tenham mudado a trilha sonora continua cativante.