Supernatural: All Along the Watchtower (12×23)

Aquele momento em que você torce loucamente para que as reclamações do público de que “em Supernatural ninguém morre de verdade” tenham motivo. Ou você não prefere que Castiel e Crowley enganem a morte novamente? Eu entrego Rowenna sem pestanejar se for para ter os dois na próxima temporada.

Lúcifer e Mary? Bom, estes a gente sabe que não morreu. Assim como a gente sabe que os irmãos Winchesters não vão aceitar deixar sua mãe nesse outro mundo em que eles não tinham nascido, o que vai fazer com que Lúcifer de novo escape e dê trabalho. Sim, é previsível, mas a esta altura da nossa relação com a série nos preocupamos com como a história será recontada.

All Along the Watchtower foi um episódio sobre sacrifícios, alguns planejados como o de Kelly para que seu filho, Jack, pudesse nascer, ou como Crowley enfiando aquela faca no próprio corpo para conseguir fechar a fenda temporal (sim, dei o mesmo nome de em Doctor Who), porque ele sabia que seria preciso sangue e pouco antes ele já havia dito que estava de saco cheio de ficar olhando por sobre o ombro a procura do próximo traidor, e involuntários, como o de Castiel e Mary.

Eu achei que a mamãe Winchester escaparia e imaginei até que ninguém melhor que ela para criar um Jack realmente bom, ainda que os meninos tenham crescido bons não por causa dela, mas apesar dela. Talvez a grande questão é que eu não consigo imaginar Dean e Sam dando conto do mocinho.

Desconfio que, como nos últimos tempos da gravidez de Kelly Jack se mostrou bastante consciente dos acontecimentos no mundo, já o imagino trazendo Castiel de volta a vida, afinal o anjo foi o maior protetor que ele e sua mãe tiveram.

Claro, o episódio teve defeitos, boa parte deles por conta de deixarem para explorar tanta coisa relacionada ao nascimento de Jack somente aqui: por que a fenda temporal não apareceu antes, nos dando mais oportunidade de entender o outro lado, a presença de Bobby? Por que eles não procuraram por Castiel e Kelly antes, não vimos mais da gravidez e dos poderes do menino? Como Lúcifer achou tão facilmente os dois?

Tudo bem, que não fosse explorado tão antes, mas talvez dedicar dois episódios somente para esta trama ao invés de dividirem tempo com o final bastante frustrante dos Homens das Letras Britânicos.

Ouso dizer que, caso isso tivesse sido feito, este seria um dos melhores finais de temporada em Supernatural. Porque mesmo com os defeitos, eu realmente gostei da conclusão para a trama principal. Além dos que, foi ótimo ver Lúcifer morrendo de raiva ao final.

Falando nisso: o brilho nos olhos do Jack entrega mesmo de quem ele é filho, não é verdade?

P.S. Mark Sheppard publicou sua despedida dos fãs em sua conta no Instagram e depois uma foto com seu dublê, agradecendo pelos anos em que foi mantido a salvo por ele, então a chance de termos Crowley de volta são pequenas. Já a volta do anjo mais querido é provável, sabemos disso porque Jared deixou escapar em uma dessas entrevistas em convenções de fãs lá nos EUA.

P.S. do P.S. Quando eles entram na realidade paralela pela primeira vez foi impossível não pensar no livro Novembro de 63 de Stephen King.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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