CINEMA: TUDO QUE IMAGINAMOS COMO LUZ

Em Mumbai, a rotina da enfermeira Prabha (Kani Kusruti) transforma quando ela recebe um presente inesperado do ex-marido. Sua colega de quarto, a jovem Anu (Divya Prabha), tenta em vão encontrar um lugar na cidade onde possa ter alguma intimidade com o namorado. Uma viagem ao litoral permite que elas encontrem um espaço para que seus desejos se manifestem.

Vencedor do grande prêmio do júri no Festival de Cannes, Tudo Que Imaginamos Como Luz traz uma narrativa doce e pungente sobre os sonhos que permeiam o imaginário feminino e como eles devem se dobrar à crueza da realidade cotidiana.

Payal Kapadia, cineasta indiana responsável também pelo roteiro do longa, consegue consturar com muita sensibilidade uma trama que é tanto direta quanto poética.

Ao acompanharmos as desventuras das duas protagonistas, uma mulher madura com um marido ausente, e uma jovem que sonha com o amor verdadeiro, temos um prisma delicado que nos permite olhar para os relacionamentos com uma amplitude considerável.

Com interpretações poderosas e uma narrativa cativante, Tudo Que Imaginamos Como Luz é daqueles filmes que permanecem no seu coração mesmo muito depois de sessão de cinema.

Com direção e roteiro de Payal Kapadia e elenco com Kani Kusruti, Divya Prabha, Chhaya Kadam e Hridhu Haroon, Tudo Que Imaginamos Como Luz integra a 48ª Mostra Internacional de Cinema, que acontece de 17 a 30 de outubro em São Paulo.

Escrito por Tati Lopatiuk

Tati Lopatiuk é redatora e escritora em São Paulo. Gosta de romances em seriados, filmes, livros e na vida. Suas séries favoritas são Girls, The Office e Breaking Bad. Pois é.

Seus livros estão na Amazon e seus textos estão no blog.

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