Castle e Slaughter. Se a gente se diverte vendo estes dois juntos, a grande verdade é que quase sempre isso significa que o escritor vai meter os pés pelas mãos e fazer o que não deve. Só que também é verdade que Castle não é exatamente a pessoa mais cuidadosa e séria do mundo, então o Slaughter apenas dá um empurrãozinho pro nosso menino grande entrar na próxima aventura.
Basta lembrar que Slaughter não fez Castle jogar a chave da Ferrari longe e fugir com o carro do Esposito, não é mesmo?
Dessa vez eu confesso que nem sei mais o que fez o policial recorrer ao Sherlock – a lista de problemas em que ele andou se enfiando é tão grande quanto possível – mas é inegável que a dupla funciona. Slaughter tem a força bruta, Castle a mente “mais esperta do oeste”. Só isso para explicar o sucesso dos dois com a jogada Broadway + luta com aquele bando de bandidos mal encarados.
Se a gente não sabe ao certo o que Slaughter pretendia, o que ele e Castle acabam enfrentando é, primeiro, a morte do informante dele e, depois, o roubo de um chip e de milhões de dólares de uma conta secreta. Isso tudo com Esposito e Ryan achando que o policial era o verdadeiro bandido e a dupla improvável correndo para descobrir a verdade que o inocentaria.
Devo dizer que tudo funcionou bem, nas duas investigações, e acabou que não senti qualquer falta da Beckett – e isso é culpa dos roteiristas mesmo que a colocaram nessa posição em que ela transita tão longe de tudo que perdeu a importância.
Ah, e ainda tivemos o bônus do Louis: o garoto rendeu muito bem tanto quando consegue descobrir o telefone de Slaughter, sua cara enquanto a dupla dançava foi impagável e ele com certeza vai ajudar mais ao policial do que o contrário nessa história de tutoria.
Slaughter também deu um conselho ao Castle (conselho amoroso de alguém cujo relacionamento amoroso acabou): ajude a Beckett, mesmo que ela não queira ser ajudada. Confesso que fico em dúvida se esse era o melhor conselho (fico mais na linha lhe dê espaço), mas a gente sabe que Castle já queria fazer isso desde sempre, nem tinha necessidade de conselho.
The Last Seduction, então, é sobre Castle apertando o cerco sobre ela e ele até consegue o que precisava quando ela recebe aquela mensagem no telefone – sério, para quem estava tão preocupado de que o escritor descobrisse alguma coisa, Vikram foi trouxa demais em mandar a tal mensagem quando sabia que os dois estariam juntos.
Mas isso foi só o final do episódio, que, comemorando o primeiro ano de casamento dos protagonistas, conseguiu ser leve e divertido enquanto investigavam a morte de um rapaz que ganhava dinheiro conquistando esposas de ricaços que não queriam pagar pensão.
Não sei se isso foi baseado na vida real, mas não duvido. E se não foi, bem, certeza de que alguém vai aproveitar a ideia agora. E adorei ver a Lindsey Price fazendo a advogada que teve a ideia brilhante para resolver os problemas dos seus clientes, ainda que ela tenha acabado por dar um tiro em Esposito… E acertado o Ryan.
Falando em Esposito e Ryan: adorei a terapia de casais e a ideia de Castle ser o mediador dos dois, mas já tinha passado da hora deles se entenderem. O tiro foi dramático, mas resolveu o que precisava ser resolvido. Ufa.
P.S. Alexis e Hayley são a nova melhor dupla da série. Já que Castle foi cancelada, a ABC podia investir em uma série para estas duas.
P.S. do P.S. Beckett e Hayley também funcionaram bem naquele SPA.
P.S. do P.S. do P.S. Somente aquele balão subindo e o convite para o jantar seria mais romântico que aquela faixa e o confete todo. Pelo menos para mim.