Rapidinho: Blindspot e Code Black

Começam a aparecer por aqui as novas séries e eu confesso não estar das mais empolgadas, seja porque não existe nada muito diferente no front, seja porque eu simplesmente já vejo coisas demais e vocês sabem como é difícil desapegar de séries que tem dez anos de história, por mais mais ou menos que elas já tenham ficado (oieeee Bones).

Na semana passada resolvi dar uma olhada em Blindspot, que está sendo exibida pela Warner às terças (o canal exibiu duas vezes o episódio piloto), e em Code Black, que ganhou as noites de quarta da Sony. Uma de temática policial e outra de temática médica.

Blindspot Pilot 1x01 s01e01 jane Doe

Blindspot, em verdade, vai um pouco além de uma série policial: como se tornou padrão nos últimos anos ela ganhou uma história principal para ligar seus episódios e essa história se mostrou bem interessante no episódio piloto.

É nele que conhecemos Jane, uma mulher encontrada dentro de uma mala abandonada em plena Times Square e que foi exposta a remédios usados para stress pós traumático para que os soldados esqueçam o trauma que lhes aconteceu. Só que Jane recebeu altas doses desse tipo de remédio e não lembra nada, NADA. Não lembra seu nome, vira Jane de Jane Doe, não lembra de sua vida pregressa e muito menos das muitas tatuagens que cobrem o seu corpo.

Em uma delas o nome Kurt Weller, de um agente do FBI. O destino de Jane e Weller então se liga irremediavelmente: entre as muitas tatuagens eles também encontram uma mensagem em chinês que só pode ser lida por Jane e uma tatuagem escondida que indicaria que ela fez parte de forças especiais do exército.

Essa mensagem de chinês acaba por se revelar um caso em que o FBI precisa evitar um atentado terrorista e é fácil para eles, e para nós, imaginar que as demais tatuagens podem indicar a mesma coisa.

Na busca de mais informações sobre sua situação, Jane acompanhará Weller e sua equipe na investigação do possível atentado, demonstrando não somente conhecimento como habilidades bastante úteis.

Na investigação do piloto, ainda, Jane começa a ter pequenas lembranças de seu passado que incluem um duro treinamento e a escolha em tomar o tal remédio. O responsável pela aplicação dele, inclusive, aparece ao final do episódio para matar o rapaz preso pela equipe antes que o atentado aconteça.

Outras coisas também são demonstradas no piloto: Kurt Weller tem algum histórico que justificaria o alarde de seu nome estar tatuado na moça e a responsável pela equipe do FBI nesta série também tem algum segredo bem guardado e que pode estar relacionado a Jane.

O bastante para prender nossa atenção? Talvez. Com a premissa curiosa e interessante, a série já teve a primeira temporada completa confirmada pela NBC e Jaimie Alexander está ótima no piloto.

Esperamos apenas que escape a inconstância que afeta os roteiros de sua irmã The Blacklist, por exemplo – até porque aqui não tem Jamie Spader para salvar o dia, não é mesmo?

Code Black Pilot 1x01 s01e01

Code Black aposta no ambiente de emergência de um hospital e na tensão dos momentos em que ele é invadido por mais pacientes do que é capaz de dar conta como mote principal de suas tramas. Além de, é claro, colocar fichas na protagonista vivida por Marcia Gay Harden.

O piloto é bom? Sim. Estão lá todas as apresentações necessárias: temos a chefe durona, a médica que teve um grande sofrimento no passado e apesar de ainda ser uma estudante sabe muito; o bonitão metido; e o enfermeiro bem humorado, simpático e paizão que é tremendamente competente. Tivemos parto de emergência, acidente envolvendo crianças, sangue e até residente indo buscar paciente em casa.

O grande desafio da série é que ou já vimos tudo isso, provavelmente melhor executado, em ER. A grande verdade é que se conseguimos nos apegar a House ou Grey’s Anatomy depois de ER é porque nenhuma delas tinha o mesmo mote, apesar de serem séries médicas – a primeira primava por ter um protagonista excelente e histórias que podiam ser desenvolvidas com a calma nunca presente em uma sala de emergência, a segunda nunca foi uma série médica para valer, mas um drama romântico vivido dentro de um hospital.

Se inovar não será fácil, resta a série ter personagens bem construídos a ponto de você se importar com eles.

Ou seja, cedo demais para fazer qualquer aposta. Na verdade, vamos ver se eu lembro de ver a série na semana seguinte…

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


  1. só deixando o meu parecer quanto a House : a série nunca quis ser um drama médico mas sim um Sherlock, ou seja, House sendo Sherlock procurando desvendar o culpado pelas doenças, e isso é o que o próprio criador diz, o David Shore.

    Blindspot me lembrou muito uma outra série, John Doe, com a mesma temática e mistério mas sem as tatuagens, e isso já me bastou para querer continuar

    Code Black não me prendeu, faltou aquele “que” para te fazer querer assistir o próximo episódio, personagens ainda fracos, só foi interessante de saber que existe esse status de Code Black

    no meu parecer é injusto os canais apostarem nas exibições de séries novas que nem sabemos se terão alguma vida enquanto as séries com várias temporadas e já consagradas pelos fãs só aparecerem por aqui no ano que vem, tipo NCIS e Criminal Minds, além do sumiço de Person of Interest / Homeland / Royal Pains / White Collar / Blue Bloods / Hawaii 5-0, e tantas outras séries jogadas para as madrugadas

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  2. Blindspot estou assistindo e gostando, mas Code Black assisti dez minutos e desisti, pois estou acompanhando novamente ER e não tem comparação, e acho que Greys Anatomy me deixou bem chateada com o rumo da história. Já House sempre que posso assisto as reprises.

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