Defiance: This Woman’s Work, If You Could See Her Through My Eyes e Slouching Towards Bethlehem (2×06, 2×07 e 2×08)

Vida de seriador não é fácil. Você vai lá, dá uma chance, algumas vezes se entrega. O problema é que nem sempre recebe o que merece em retorno. Tem vezes que a relação é tão inconstante que você acha que não vale a pena, então vem aquele episódio bom, com desfecho intrigante e você insiste. A grande questão é: quando a gente deve desistir?

Defiance: This Woman's Work, If You Could See Her Through My Eyes e Slouching Towards Bethlehem (2x6, 2x7 e 2x8)

Eu comecei apaixonada por Defiance. Talvez o fato de assistir ao piloto em uma sala de cinema, sem interrupções e com a tela brilhando com aquele monte de efeitos especiais tenha feito uma enorme diferença. Mas era mais que isso: a série tinha potencial e em tempos de poucas séries de ficção científica que você bate no peito para defender você quer acreditar que ela chegou – eu confesso que bato no peito para defender Falling Skies, mas até eu vejo os defeitos dela.

O começo foi empolgante, os primeiros episódios muito bons. Apesar das minhas resistências com os personagens principais eu consegui realmente gostar do Nolan, do Datak, da Stama. Ainda lembro daquela batalha no desfiladeiros como um dos melhores momentos da TV na temporada passada.

Só que daí em diante a sensação de que eu ia me arrepender foi persistente. Os últimos episódios da temporada não foram mais que medianos. A season finale decepcionante.

A segunda temporada começou, então, em lado oposto ao da primeira. Só no terceiro episódio é que eu voltei a sentir aquela esperança. Os dois episódios seguintes mantiveram o clima de potencial para algo muito bom.

Só que aí tivemos essa sequência de três episódios ruins. Clichês. Bregas. Juntamos os três e temos o que? Dez minutos que realmente fazem diferença?

O prefeito de quem eu nunca guardei o nome foi substituído por um vice-rei que se veste de castian e mesmo quando não usa a fantasia me soa caricato. Amanda está linda, linda mesmo. Mas perdeu substância, perdeu função na história.

Nestes três episódios tivemos tempo gasto com a filha irritante do Rafe e seu mais irritante ainda marido. A morte da empregada da família tinha potencial e virou simplesmente comércio de olhos. Nolan parece que pode dormir com qualquer uma que lhe parecer em conflito interno sério. Datak continua sendo um arremedo do vilão que eu achava que ele seria. E agora ainda ressuscitaram a irmã da Amanda – quem assistiu The L Word me entende.

E Irisa? Se eu nunca fui fã o bastante da personagem para entender como é que ela virou a principal peça da trama principal da série, mas cheguei a me empolgar com as imagens da arca, agora fico com aquela cara de “tá bom, tá bom, mas cadê a história mesmo?”

Porque nesses três episódios o mais perto de entendermos o que significa o que acontece com a moça foi nos minutos finais do oitavo episódio e isso não foi o bastante para me convencer de que agora vai. Sim, ele foi bem superior aos anteriores, mas então teremos dois ruins e um bom em sequência até o final da temporada?

E aí, é hora de desapegar?

 

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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