The Blacklist: The Stewmaker (1×04)

Ao que parece meu cérebro resolveu funcionar a meia força neste final de semana e eu não consigo escrever dois parágrafos com sentido. Para ajudar este foi o episódio de que menos gostei de The Blacklist até aqui, apesar dele ter algo muito importante: ele joga o romantismo para lá, como se fosse um divisor de águas.

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Vejam bem, Red não é Dexter, que aprendeu a matar apenas bandidos fazendo justiça quando a justiça falha – ou pelo menos era assim até a terceira temporada, quando parei de assistir – ou seja: nada de anti-herói. Red é um vilão. Charmoso em seu terno de três peças, em suas frases tão bem construídas e ainda que ele faça algum tipo de justiça vez ou outra, como acabar com a vida da falsa humanitária ou jogando no ácido um homem que matou centenas de pessoas inocentes, o que o move não é o desejo de justiça, ele é movido por sua própria moral, que não vê problema em libertar traficantes, desde que eles não o irritem.

Não foi um episódio ruim, longe disso, mas ele quebrou o ritmo de “entrega” de segredos e nos fez pensar que não será tão simples assim ver Keen e Red como grandes parceiros ou vê-lo em grandes conversar entregando a verdade. Pode até ser que não exista motivo muito nobre para sua obsessão por Keen e pode ser que, no final das contas, a gente nem possa defendê-lo. Mas tudo isso não impede que eu seja completamente apaixonada por ele, monstro ou não.

Seu defeito, então, foi apenas repetir o modelo já visto em tantos outros ao focar tanto na questão de Lorca fugindo do tribunal e depois do FBI. Quem não sabia o que aconteceria quando aquele jurado passa mal? A gente teria corrido muito antes que Keen e Ressler e, neste caso entregue pelas cenas do próximo episódios exibidas no anterior, a gente sabia que Keen precisava acabar presa, então era fácil ver que aquele “transporte” também não daria muito certo. Então em meio a episódios que tem sido tão eficientes em nos mostrar como as coisas podem dar errado e ainda assim não nos deixar com raiva do FBI, The Stewmaker acabou sendo um tanto óbvio demais.

Do outro lado, e que bom que ele existe, aquela pequena foto “resgatada” por Red do álbum de vítimas do “Sopeiro” desperta outro motivo para sermos curiosos e uma grande série é feita de revelações e segredos dosados, não é mesmo?

P.S. Epa, epa, epa. Liz descobre que um fim de semana de férias e um assassinato com arquivo confidencial estão relacionados e no mesmo instante Tom faz reservas no mesmo hotel? Medo.

P.S. do P.S. Ótima cena do Ressler com Lorca.

Trilha Sonora

Up Past the Nursery com Suuns

Intro Let Go (Breakdown) com Alice Russell

Smile com Nat “King” Cole

Made of Stone com Matt Corby

 

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


    1. Hahaha e a peruca? e a peruca? Sério, não é possível que ninguém na produção não perceba que tem algo de muito errado nisso!

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