Instantes separam um sorriso da desesperança total, não é verdade? Se você não tinha certeza disso, esse episódio de Bates Motel ensina direitinho: Norma começa infeliz, presa, ouve que Zack a ama e que seu processo foi arquivado. Em seguida desaba ao dar de cara com seu filho e Emma com uma moça afirmando que Zack a mantinha presa em seu porão. Dylan tem um momento de felicidade com seu irmão na moto, consegue dinheiro para ter sua própria casa e acaba atropelando um drogado assassino. O pouco de sanidade que a gente enxergava nele, neste momento, nos escapa.
Até mesmo Normam se torna mais desesperançado neste episódio – e nós achávamos isso impossível: ele realmente passou a noite com Bradley, mas para ela não foi nada mais que isso; ele realmente viu aquela menina no porão, e agora está com ela em seu próprio hotel; ele queria ver sua mãe livre, mas ele sabe que a influência dela não lhe faz bem e, além disso, sabe que ela está solta por causa de Zack e isso mexe demais com ele.
Se ninguém nessa cidade é realmente são, a família Bates parece ter imã para encrencas, não é mesmo?
É óbvio que o delegado Romero não vai deixar as coisas tão simples assim e não demorará nada para ele ver que Zack é seu problema. Assim como quem quer que esteja envolvido na trama dessas garotas presas não deve ser bobo e não vai demorar a descobrir a verdade. Ou seja, a coisa só piora.
Quer dizer, não sei dizer para o Dylan: por mais que eu ache que ter matado aquele drogado vai abalar muito quem ele é, ter se vingado por seu recente amigo pode fazer com que o moço suba no conceito dos mandachuvas da cidade.
Só que, confesso, um lado meu imaginou que destino mais simples se Norma fosse presa e Norman fosse morar com seu irmão sem que este tivesse matado ninguém. Ia ser tão mais fácil…