Ainda curto mais a versão com Elvis, confesso, mas reconheço o mérito da versão afinada de Willie Nelson. Então clica aqui, som na caixa e vem ler sobre The Newsroom.
Afinado, inclusive, é um bom elogio ao segundo episódio desta temporada, que continua na missão de nos mostrar o que aconteceu para que a equipe do jornal entrasse em tamanha confusão. Diga-se: eles não demoraram nada em nos mostrar o motivo.
Este segundo episódio, também, mostra que alguns deslizes da temporada passada, que parecem ter incomodado muito gente, foram realmente aparados. Então, depois de afinado, eu penso em coerência quando penso nos dois episódios juntos.
O Will que, apesar da necessidade de ser amado por todos, coloca os outros em primeiro lugar. Ele esconde que Charlie lhe pediu para deixar a bancada, acreditando inocentemente que os outros comprariam seu discurso. Ele corre para a delegacia para salvar Neal, nem tanto por ele ser advogado, mas muito porque ele quer defender o amigo, porque ele precisa fazer o que é certo.
Do outro lado temos Mac assumindo o que nós já sabíamos: ela vive enfiando os pés pelas mãos. Fica fácil dizer que ela é a culpada dos trens descarrilarem, a típica atrapalhada com boa intenção. A questão é que seu enorme coração faz com que a gente realmente goste dela e passe o tempo todo torcendo para que ela pare, respire e pense antes de fazer.
E fazer, no caso, é comprar a história de que o governo americano atacaria civis com gás sarin e, gente, é fácil ver que não pode acabar bem uma denúncia dessas.
Finalmente temos Don, Jim e Maggie. Eu estava ficando triste com Jim relegado a cobertura do tal governador, mas neste episódio ele conseguiu me mostrar, em suas pequenas entradas, que esse afastamento pode lhe fazer um bem enorme – apesar do envolvimento com a outra jornalista da concorrência ser previsível.
Deixando então que Don e Maggie precisem resolver seus problemas como podem: o primeiro mergulha no trabalho e adia o obvio envolvimento com Sloan. A segunda resolve esconder de Mac a informação sobre a confusão em Uganda, uma das poucas vezes em que Mac provavelmente pensaria melhor antes de fazer algo, e é provável que carregue para sua vida profissional a confusão de sua vida pessoal, ou seja, ao invés de resolver, amplia.
P.S. A história da perseguição a moça do vídeo merece um prêmio: a trama em si, o absurdo dialogo na lavanderia e a triste e dolorida conversa de Maggie e Lisa.
P.S. do P.S. Engraçado como nem sempre nossos personagens preferidos são sobre o que somos, mas quase sempre sobre pedaços nossos que abandonamos. Sloan e Charlotte nos dizem isso.
P.S. do P.S. do P.S. Sou constantemente invadida pelo desejo de cuidar do Will. Sempre.