Elementary: The Deductionist (1×14)

Então que Elementary foi escolhida pela CBS como a série a ser exibida após o Super Bowl – que dá picos de audiência – e saiu meio prejudicada pela estranha falta de luz antes do jogo que acabou por atrasar tudo. Anda assim, achei que o roteiro escolhido para esse dia foi bem bom para mostra o que a série oferece: divertimento e um tanto de dedução.

Elementary: The Deductionist 1x14

Sim, eu não resisti a usar dedução na primeira frase do texto, afinal seus derivados dão nome ao episódio, ao livro que a agente do FBI teria escrito sobre Holmes e ele mesmo vive citando a prática como o que o diferencia de todo o resto da população – até porque ela também é bastante usada nos livros.

The Deductionist tem uma lado cômico mais acentuado e eu acho que é sempre legal quando uma série esperadamente série se dá ao luxo de não se levar a sério – nossa, quantas palavras parecidas em um mesmo parágrafo. Elementary precisava desesperadamente encontrar uma identidade própria para parar de ser comparada com Sherlock e isso não veio de uma Watson mulher ou pelo fato de se passar em Nova Iorque, mas dos sorrisos que você inevitavelmente solta ao longo dos quarenta minutos de cada episódio.

E olha que eles ainda deram uma reforçada na tensão logo de saída com aquelas cenas de morte no hospital – algo que a série não havia usado até aqui – ou mesmo nos assassinatos no mercadinho. Mas aí as cenas acabam com Sherlock preso a uma cadeira por duas prostitutas ou com o assassino tirando uma foto sorrindo ao lado de um jornal e você imediatamente volta ao normal.

No final das contas foi legal ver novamente um caso de assassino em série por aqui, mas melhor ainda foi Holmes passando a perna no FBI ao reconhecer a motivação do cara dessa vez: destruir a agente do FBI que mentiu sobre seus pais. Nesse mundo louco que existe na minha cabeça eu até que dei razão pra ele…

O que eu achei mais legal no episódio, no entanto, não foi nem o criminoso, nem a mudança de padrão, ou M.O., ou mesmo o climão entre Holmes e a agente do FBI, mas o fato do episódio ressaltar que, apesar de todos os “defeitos” de personalidade que podem atribuir a Holmes, ele é um cara que não admite mentiras – ele não mentiu para Grayson sobre o falso M, ele omitiu a verdade – e não tem aqueles filtros para não falar verdades que podem magoar. Ao mesmo tempo ele tem esse lado de não querer que ninguém o decifre. Incoerência, uma palavra adequada pro moço.

P.S. A trama toda do apartamento de Watson não era necessária, mas adorei o finalzinho com os presentes de Holmes, principalmente pela dúvida do que ele fez com a escova de dentes dela…

P.S. do P.S. Eu estava de cara feia com a cena das prostitutas, aí Holmes pede com toda educação para ficar com as algemas e eu ria gostoso.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. Também dei risada quando ele pede para ficar com algemas. E acho que Elementary consegue ser diferente da outra série sobre Holmes. E o Miller está perfeito.
    Agora, Simone, você viu o episódio de Criminal Minds centrado no Reid? O que foi aquilo, pelo amor de Deus?!!

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