Uma mesa nova, de novo

Tem pouco mais de um ano e a Cecília, amiga que conheci no LuluzinhaCamp, ofereceu no grupo algumas coisas para vender. Entre elas um jogo com uma mesinha de madeira e banquinhos coloridos, perfeito para a criançada jogar, pintar e até fazer um lance. Se eu não me engano, gastei R$ 50,00 no joguinho e ela ainda entregou aqui em casa.

Carol usou muito, muito mesmo o tal joguinho que morou por um bom tempo na nossa sacada. Só que aí ela foi ficando comprida e as pernocas dobradas já não cabiam direito embaixo da mesa. Do outro lado, sem mesa de centro na sala, eu percebi que a tal mesinha passava cada vez mais tempo de apoio para pequenas refeições, para colocar o controle remoto, para deixar o netbook… Ou para esticar as pernas.

Com tantos uso e com o preço pela hora da morte de móveis (vocês já viram que absurdo?), eu vinha alimentando a ideia de renovar a mesa, o que finalmente aconteceu agora que mudei de vida.

Primeiro de tudo pedi ao meu pai que cortasse um tanto das pernas da mesa, deixando-a, assim, mais alinhada com o sofá. Depois comprei 4 folhas de lixa para madeira 220 (quando mais baixa a numeração da lixa, mais fina ela é, mas resista ao impulso de comprar uma muito grossa achando que vai economizar trabalho e acabar por estragar o móvel) e coloquei a mão na massa.

Lembrando sempre de lixar no sentido da madeira, tirei todo o verniz da mesa, deixando bem lisinha.

Corri então até a Leroy Merlin mais próxima para comprar a tinta, isso só depois que me convenci que o usar as tintas PVA de artesanato que tenho em casa não dariam conta do recado. Conversa vai e vem com o vendedor (eu pergunto mesmo, Tô nem aí que ele vai me achar a moça-chata-que-não-entende-nada-de-pintura) , optei pelo esmalte a base de água ao invés do esmalte sintético.

Segundo o vendedor eu teria duas grandes vantagens: tempo menor de secagem (30 minutos ao invés de 4 horas) e menos cheiro. Além da latinha de 800 ml (não tem menor, uma pena ) de Metalatex Eco Esmalte, também levei comigo uma daquelas bandeijas de pintor, dois rolinhos e um pincel.

Cheguei em casa, forrei tudo, troquei de roupa e fiz a Carol trocar também – ajudante oficial de loucuras – e colocamos a mão na massa. Foi um dia de trabalho e mais uma meia hora de lixadinha no dia seguinte e pronto: mesa nova de novo e aquele orgulho de dizer eu que fiz.

O que eu aprendi fazendo:

1. Lembra da secagem de 30 minutos? Então, na verdade ela é de 30 minutos para não manchar roupas ou pele ao toque, mas é de 4 horas entre demãos. Só que eu só aprendi isso depois de ter feito as 3 demãos necessárias para cobrir tudo porque fui fuçar no site da marca para descobrir se realmente não achava embalagens menores (estou na vibe de pintar uma cadeira de cada cor).

Por conta disso, minha mesa ficou mais áspera do que eu esperava, já que ao passar uma demão sobre a outra  com o rolinho eu puxava a demão anterior. Motivo da meia hora de lixadinha no dia seguinte.

2. As 4 horas entre as demãos também são necessárias para verificar se a madeira não fica “eriçada”, caso isso aconteça é importante dar uma lixada com lixa fina (100, 150) entre as demãos. Eu não pude fazer isso já que só esperei os 30 minutos entre cada demão, então jamais saberei se fui eu e o rolinho ou a madeira mesmo.

3. No feriado choveu horrores, então mal eu tinha arrumado tudo e concluímos que teríamos que pintar na sala mesmo. Neste momento não ter cheiro forte ajudou muito, mas ainda assim é importante pintar numa área ventilada.

4. A maior vantagem mesmo do esmalte à base de água é que você só usar água para limpar todo o material que foi usado, sem precisar daqueles solventes de cheiro forte e que acabam com a pele. Além disso, a tinta sai facilmente da roupa.

5. Preciso aprender um jeito mais fácil de tirar a tinta da lata, fiz uma sujeira tremenda nessa fase.

6. Você pode diluir um pouco da tinta em água, as medidas estão na lata, mas eu fiz com o esmalte puro.  Não sei dizer ao certo qual a diferença que faz no processo. Prometo testar na próxima.

7. Sobrou tinta na bandeja? É importante não encher demais a bandeja, melhor ter de colocar mais vezes que desperdiçar. Ainda assim sobrou? Pense se você não tem nenhuma outra peça pequenina em que possa usar a sobra. Eu reaproveitei um suporte para pregadores para usar como caixa de cartas na porta de entrada (as letras e abelhas foram feitas com carimbo de scrapbooking mesmo).

Tem 

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


  1. Si, gostei da idéia, da evolução, da criatividade e da paciência. Brilhante. Eu não tenho paciência, infelizmente, mas quem sabe um dia…
    Amei a mesinha. Bjs

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