Criminal Minds: Profiling 101 (07×22)

“Edmund Burke escreveu certa vez: ‘A única coisa necessária para o triunfo do mal é que os bons homens não façam nada.’ Este trabalho não é apenas o que faço, é quem eu sou.

Vale a pena?

Para cada vida salva? Com certeza.”

Sim, eu sei, a série já teve temporadas mais consistentes, melhores, roteiros menos cansados. Mas, ainda assim, Eu fiz uma campanha tremenda na internet para que todos assistissem a este episódio de Criminal Minds porque eu ainda fico arrepiada pensando nele.

Um episódio fora dos padrões – assim como aquele sobre a prima do Derek, o segundo melhor da temporada -, mas que nos deu as tantas respostas que nós sempre buscamos a cada episódio: porque escolher aquele caso, como são feitas as investigações, como é definido um perfil, como você pega um psicopata. Isso sem falar do porque nem todo mundo vira psicopata, agora sabemos que até viram, mas nem todos os psicopatas matam.

E o mais importante de tudo: vale realmente a pena fazer esse trabalho, ver tanta desgraça, perder tantas vidas. Rossi – SENSACIONAL – e a equipe responderam claramente que sim e ainda foram felizes no argumento.

Uma aula de criminologia.

A cereja do bolo: não bastasse tanta eficiência em contar a história da perseguição deste assassino que matou mais de uma centena de mulheres, eles ainda foram eficientes em montar pedaços de sua própria história: o que Rossi fazia afinal antes de integrar o grupo? Por que ele voltou. A cada nova resposta, uma nova amarração.

Um episódio de reflexão, talvez até de recomeço, já que a temporada está acabando e teremos mais mudanças a frente com a saída de Prentiss.

Um  episódio que foi um presente para os fãs da série de longa data.

P.S. Quando Mandi Patikin deixou a série muito se especulou sobre sua saída, que teria sido tumultuada e não sei mais o que. Nunca saberemos de verdade como as coisas aconteceram, mas li uma entrevista do ator em que ele dizia “precisar deixar a série”. Isso porque ao ver tanta desgraça e ao saber que boa parte das histórias colocadas na tela nada mais eram que recriações de histórias reais, ele se sentia mal. Segundo ele o perigo o assustava a noite e andava prejudicando sua vida junto de sua família.

Eu consigo acreditar que seja verdade, porque enquanto vemos tudo aquilo de sangue e morte pela tela da televisão, eles precisam estar ali, nestas recriações e isso não deve ser fácil mesmo.

Ao ver este episódio isso ganha nova dimensão: realmente pensar em como é viver isso. Acho então que, além de ser um presente aos fãs, este episódio de Criminal Minds foi uma justa homenagem aos Rossis, Morgans, Reids, Hotchs, Penélopes, da vida real.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

10 Comentários


  1. E sem falar o que é tortura? O final mostra que a capacidade de torturar vai além do que vc pode imaginar.
    E eu, que uma vez, lendo superinteressante ou mundo estranho, eu assino as duas, chegam na mesma semana, ai me perco onde li alguma coisa, vi o caso em que se davam prositutas para os porcos por dois irmãos… aí me dei conta que aquele caso, que eu imaginava surreal, podre e inimaginável tinha acontecido. Mas fez sentido, afinal tem que ser muito louco para imaginar tal cena.

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  2. Esse episodio me remeteu ao um livro que eu li sobre Serial Killer(americano), e ainda nem pensava em assistir CR, o livro foi basicamente o que CR fez neste episodio….uma aula de como alguns seres humanos são crueis.

    Excelente episodio e com um final bem cruel 🙁

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  3. Excelente episódio e excelente texto, Simone! Realmente, a gente precisa tirar o chapéu para os atores e, acima de tudo, para as pessoas que na vida real fazem esses trabalhos horrorosos e, com isso, impedem que mais vidas se percam pelas mãos de assassinos loucos…

    E como a Bianca disse, o que o carinha faz com o Rossi é também uma forma de tortura…

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    1. Sim, sim. Você perdeu minhas lamentações? A atriz voltou só porque o contrato dela era para mais um ano, mas ela nem queria ter voltado. Então ela cumpriu o contrato até o final e tá saindo no final desta temporada. Eu revoltei, né? Preferia que nunca tivesse voltado se era pra ficar de palhaçada.

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  4. Se essa aula acontecesse nos episódios 1 e 2 da primeira temporada, eu engoliria, mas aos dois minutos do segundo tempo… Fala sério.

    Pra que tantos agentes explicando a mesma coisa e pra uns alunos que, na boa, bem por fora do assunto “criminologia” para serem alunos de uma faculdade que cujo curso, deve, ao menos, abordar esses aspectos. As perguntas pareciam feitas por crianças do 1º grau.

    O fato dos agentes estarem como que cronometrados para as respostas dos alunos, soou falso, ao menos para mim.

    Quanto as explicações, foram interessantes, lógico, assim como o autor deles. Há muito não se tinha um Serial tão bem “montado”. Isso sim é um criminoso que eu entendo como serial kiler, pois comete alguns crimes e volta a praticá-los anos depois. Eu sei que para o desenvolvimento da série semanalmente, é preciso que um monte de crimes aconteçam, praticamente, na mesma semana. E, apesar de gostar das séries dos EUA, prefiro as européias, pois esses detalhes de tempo, espaço, frustração, personagens, são desenvolvidos de forma mais “verdadeira”. Cito, Scott & Bailey; The Killing (Forbrydelsen) e Perfil Criminoso.

    Adoro Criminal Minds que fique claro, mas para mim, esse episódio só quis “encher linguiça”. Desculpem se não concordo com a maioria.

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    1. Precisa pedir desculpas não, mas eu amei esse episódio, independente do momento em que ele aconteceu foi muito bom ver tudo ser contado e é bem estilo das palestras que acontecem nas faculdades de lá quando convidam alguém para falar. Por aqui isso tem acontecido, outro dia dei uma sobre mídias sociais e eu tinha exatos 20 minutos para falar.

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