Blue Bloods: The Job (02×12)

Um trabalho que, na verdade, é uma opção de vida. Escolher ser policial é isso e se tem algo que não muda, seja ficção, seja realidade, é a verdade dita por Frank de que, pior que isso, só ser esposa/marido de um policial.

Eu fiquei muito tensa quando Danny atropelou aquele cara. Fiquei imaginando que algo aconteceria e meu coração se apertou ainda mais quando eu vi aquele furo de bala no vidro da frente do carro imaginando que o pior tinha acontecido e algum dos meninos tivesse se ferido e eu nem sei dizer para vocês o quanto fiquei aliviada quando vi que todos estavam bem – como pode, não é? como essas coisas mexem com a gente.

Bom, o que eu esperava que fosse um assalto ou algo do tipo acabou por se revelar um daqueles momentos em que uma pessoa leva ao extremo seu senso de proteção e esquece que do outro lado também existe um ser humano. Tá, eu sei, pode ser fácil falar, afinal não é minha vizinhança, mas eu tendo a achar que o certo é o certo, não importa a distância do perigo.

Além disso, eu tendo a ficar do lado de Danny, mesmo quando eu entendo porque Linda ficou tão nervosa, e achei o que ele fez certo: melhor ser ela a explicar o perigo e mostrar a arma ao seu filho do que ele pegar uma sozinho uma hora dessas sem estar preparado. Ser pai é sobre tomar difíceis decisões, não é mesmo?

Enquanto isso… Sabem que eu gosto dessa dinâmica de uma história principal e Frank em alguma história paralela, principalmente quando deixam de forçar a mão na relação dele com o poder. Aqui ele vivia um drama interno. A eminente perda de um amigo, de um herói, que esteve com ele no 11 de Setembro mexeu com a cabeça de nosso comissário que chegou até ao “absurdo” de procurar um terapeuta (F. Murray, que também fez o pai de Nichols em Law&Order Criminal Intent e eternamente marcado por Amadeus).

São de Frank os melhores momentos do episódio, fugindo do prédio da polícia, na sala do terapeuta, com seu pai, naquele quarto, na igreja, seja no memorial pelos mortos no 11 de Setembro.

P.S. Ironia da noite foi Erin se destacando fazendo comentários certeiros sobre futebol, já que a atriz é a ex do Tom Brady, não acham?

P.S. do P.S. Reagans não vão ao terapeuta e não tomam drogas. Seus jantares são limpos e sinceros e a opinião de todos é levada em consideração. Regras ao estilo Gibbs.

P.S. do P.S. do P.S. Tom Selleck só melhora!

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

6 Comentários


  1. Na boa, se meu marido resolvesse trocar tiro com bandido sabendo que atrás dele está o carro com os filhos e euzinha (ou seja, estamos na linha de tiro), desculpe, mas o moço ia no mínimo dormir na casa do cachorro. Foi, sim, MUITA irresponsabilidade. Tô com a Linda e não abro.

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    1. Su, na parte do tiro eu acho que ele foi louco sim, mas na hora de mostrar a arma pro menino eu achei que ele estava certo. Meio a meio.

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      1. Oi, Si,

        Sim, eu acho que ele fez muito bem em mostrar a arma – minhas filhas, quando começaram a querer descer da cama sozinhas, foram ensinadas a descer de costas. Fiz um tour com elas no colo – seguraram tesouras, passaram a mão nas tomadas, exploraram o forno. Nunca tiveram curiosidade em mexer em nada disso.

        Eu estava me referindo a ele bancar o tira destemido tendo nas costas os filhos e a mulher. Seria como atirar no meio da multidão – bola fora para os roteiristas. Eu, sinceramente, não achei que ele faria isso. Pra mim, ele daria um jeito de se afastar pro lado de modo a tirar a família da linha de tiro.

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  2. Já devem ter percebido que desisti da The Good Wife. E, apesar de AMAR Tom Selleck, assisto a série meio que “empurrada”, pois o fato da família fazer tudo junto me dá nos nervos… Se dessem um romace pro Frank eu ficaria mais feliz e que não seja aquela saliente do elevador, mas sim a secretária!

    Tudo bem que esta semana não se falou do peso do comissário, mas o que ele disse ao psiquiatra sobre sua famíia: “Reagans não vão ao terapeuta e não tomam drogas. Seus jantares são limpos e sinceros e a opinião de todos é levada em consideração.” Terapeutas são necessários, pricipamete para Dany e Jamye, (um muito esquentado e outro muito inseguro). Medicamentos são bem vidos sim, em qualquer famíia, quando necessário. Que eu saiba, a família Reagan ão está acima do bem e do mal… Eu tenho a impressão que “falhar” com essa famíia é como arder o fogo do infero.

    Adoro o Dany, mas pisou na bola, sim. E o final ele dando o distintivo para Linda dizendo que desistiria por ela foi, no mínimo, conversa pra boi dormir.

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    1. Libriane, eu gosto desse lado família da série, na verdade estou com o próprio Tom Selleck nessa: ele ameaçou deixar a série quando falaram que iam diminuir o espaço da família e aumentar o tempo para as investigações. Acho que esse é o diferencial de Blue Bloods, se não ia ser só mais um seriado de investigação.

      Já quanto ao que ele responde ao psiquiatra: imagina o quanto dói nele isso mesmo que ele disse? Ele aprendeu isso, vem de longe, pro bem e pro mal. Pro bem porque faz com que eles sejam unidos e fortes, pro mal porque eles convivem com a pressão de não poder errar. Mas, de perto, nenhuma família é exatamento normal, não é?

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