“O amor não sente obrigações, não pensa nada sobre seus problemas, tenta aquilo que está acima de sua força, não pleiteia desculpas para a impossibilidade, pois crê que todas as coisas são legítimas por si mesmas e todas as coisas são possíveis.” – Thomas Kemp
Eu acho especialmente interessante quando uma mesma história é perturbadora e inspiradora. Aqui, enquanto Kaman, o homem que perdeu tudo em um acidente, é perturbador pela forma que dá a seu sentimento de infelicidade, de perda, em seu filho eu acabei por encontrar alguma esperança, e nem foi pelo gesto de tocar a face do seu pai, mas simplesmente por seu olhar sem preconceitos, sem medo.
A escolha da cidade de Detroit como cenário desta história também foi providencial: a mais afetada de todas as cidades americanas pela crise dos anos 90, Detroit praticamente se tornou um cemitério de empresas e sonhos. Foi naquelas enormes construções que famílias inteiras viram seu futuro desmoronar.
Mas ninguém duvide da capacidade do americano de se recuperar, de encontrar formas de fazer diferente, ou mesmo de ainda encontrar um motivo para sorrir – enquanto assistia eu lembrei muito de Treme, da HBO, e das pessoas querendo comemorar seu carnaval, mesmo que o caos ainda estivesse ali do lado.
E por conta do cenário e de Hotch ter sido a melhor escolha para conduzir o caso, e do fato de ser Halloween ser a melhor data para histórias de terror, eu até perdoei algumas falhas, como eu não entender, ou não explicarem: por que agora Kaman teve seu ódio despertado? No decorrer da história eu acabei entendendo que ele começou a matar após ter sido demitido, mas e os crimes dos anos anteriores? E por que sua namorada o abandona? Sim, ela descobriu que estava grávida enquanto ele estava em coma e não tinha certeza se ele voltaria a vida, mas isso é motivo para sumir com a criança?
Uma pena, pois fiquei com aquela impressão de que aquele menino poderia ter mudado todo o destino de Kamal, que agora deve ficar na cadeia pelo resto da vida. O menino poderia exercer o tal poder do amor que Morgan cita ao final do episódio e que usei para iniciar este texto.
Ah, não podia faltar: alguém lembra de cena mais linda em Criminal Minds do que Jack dizendo que sua fantasia é de herói de verdade e de que o herói dele é o próprio pai? Imaginei que não.
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Treme (adoro tudo nesta série);
QUANTO AO EPISÓDIO DE CRIMINAL, ACHEI QUE NÃO ERA CASO PARA A EQUIPE. CREIO QUE PODERIA TER SIDO RESOLVIDO POR POLICIAIS “COMPETENTES” DO DIA-A-DIA,POR EXEMPLO, OS FILHOS DE TOM SELLECK (RRSSS).
ADOREI OS ÓCULOS ESCUROS DA PRENTS QUANDO CHEGA AO LOCAL DO CRIME JUNTAMENTE COM MORGAN.
EU TB ACHEI QUE NADA FORA EXPLICADO SOBRE O SUMIÇO DA MOÇA, ETC
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E COMPLETANDO, ACHEI MUITO FORÇADO O MENINO TOCAR NO ROSTO DO PAI QUE CONHECIA NAQUELE MOMENTO. NAQUELA IDADE SOMOS IMPRESSIONÁVEIS E O ESPERADO É QUE ELE FOSSE RECUAR E TEMER O RAPAZ DEVIDO SEU ASPECTO. ACREDITO QUE QUANDO A CRIANÇA ESTEJA ACOSTUMADA, DESDE ANTES DO NASCIMENTO, COM ESSE TIPO DE SITUAÇÃO, O CARINHO É ESPONTÂNEO.
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Essa história me lembrou um pouco o fantasma da opera (ótimo filme por sinal).
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Sério Leticia? Eu só pensei nisso agora que falou…
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A explicação para a mãe esconder a criança foi totalmente sem sentido e o garoto tocar o rosto do pai foi bonito mas, cá entre nós, só se esse menino tivesse o espírito elevado de um monge budista para não demonstrar medo.
A cena final com o filho de Hotcher foi com certeza a mais fofa de toda a série.