NCIS: Moonlighting e Obsession (07×20 e 07×21)

Quando NCIS traz num episódio tudo que lhe torna o que é, bom, não existe do que reclamar, mesmo quando a trama é mais enrolada que rocambole – tá, ficou péssimo, mas não achei outra comparação adequada neste momento antes de almoço com cheiro de pipoca estourada na copa do escritório pelo ar.

Eu gostei muito mais de Obsession que Moonlighting, e é evidente que a história do segundo é bem menos enrolada que a do primeiro, mas não é exatamente isso que o torna um episódio melhor. Ele foi melhor, para mim, porque depois de me irritar muito com a obsessão de Tony pela tal jornalista, ele acaba fazendo com que a gente se segure para não abraçar a TV para consolar DiNozzo.

Moonlighting é um episódio dos pequenos detalhes: da brincadeira de Gibbs com Fornell no elevador; do ciúme-preocupação de Abby ao ver McGee e a especialista em polígrafos Susan (ela é meio estranha mesmo, mas uma ótima personagem); de saber que Gibbs nunca fez um teste de polígrafo antes.

É um episódio de detalhes porque, se não fossem Susan e Fornell, provavelmente não seria um episódio tão interessante quanto foi.

Obsession, em contrapartida, é um episódio para se olhar a “grande figura”, o tal overview que os americanos usam tão bem.

Como eu disse antes, eu cheguei a ficar irritada com o tamanho absurdo da obsessão de Tony pela tal jornalista, depois já não achei tão estranho assim: Tony tem uma imagem de mulherengo que lhe é tão importante que a obsessão por uma mulher em teoria inatingível lhe cai muito bem. No fundo, reconhecemos o mesmo menino do começo do seriado, aquele que nunca cresce.

E é mais um episódio em que NCIS é NCIS. Esqueça o que é profissional ou não na vida real, o seriado só é o que é, e eu só gosto dele tanto assim, porque na maior parte das vezes ele não se leva a sério. Ele permite que seus personagens sejam o que são, coisa que nós também adoraríamos fazer bastante na vida real, deixando de lado a avaliação do outro.

Momentos de ouro: Ziva citando detalhes de Laura, filme de suspense dos anos quarenta, com tantos detalhes, ao encontrar Tony na casa de Dana e Gibbs colocando whisky no pote de parafusos para Tony, enquanto ele pensa no quanto ele também acaba se envolvendo de forma tão pessoal em tantos casos.

Defeito: Allison Hart de novo da as caras em NCIS. Pior, ganha até crachá. Nem vou dizer nada.

Alguém aí sabia que 1985 foi o ano dos espiões? Adoro essas “novas mitologias”!

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Simone,

    Comecei a acompanhar NCIS porque não tinha muitas opções na época.

    Achava aquele jeito meio abusado da série incompatível com a proposta de investigação criminal.

    Desde que passei a ter acesso ao conteúdo das TVs pagas, fui com sede aos potes CSIs e Criminals.

    Para encurtar a história: fiquei com saudades do NCIS.

    Sempre irei reclamar dos excessos da série mas tenho que reconhecer que as personagens cativam.

    NCIS é um mal necessário. 🙂

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