Criminal Minds: Mosley Lane (05×16)

“Esperança é o pior dos maus por prolongar o tormento do homem.” – Nietzsche

Quando eu critico algo em relação a Criminal Minds existe 80% de chance de eu pagar minha língua. Na semana passada eu chamei a atenção para o fato de que JJ andava “mãe demais” nos trabalhos da equipe e que isso podia não acabar muito bem – além de poder descambar para o clichê a qualquer momento.

Em Mosley Lane JJ de novo é “mãe demais” em um caso. Só que, dessa vez, é isso que faz com que ela dê ouvidos a uma mãe a quem ninguém mais dava atenção e é o que permite que se identifique que alguém está sequestrando crianças em lugares públicos de maneira constante.

Então vou dar a mão a palmatória e admitir mais um acerto dos roteiristas, mas não se trata de passe livre para continuar usando isso todo tempo, certo gente?

Agora, como mãe do outro lado da tela devo dizer que o episódio foi bem aterrador. Duvido que as mães que assistem ao seriado, pelos comentários do review passado pude contar algumas, não tenha ficado arrepiada pela possibilidade de desviar os olhos por poucos instantes e acabar por perder seu filho.

Acho que esse é um medo que nasce junto com a criança e só aumenta a medida que ela fica mais independente.

Além do excelente trabalho da equipe, que parecia um relógio bem acertado, vale destacar a excelente escolha do elenco, tanto no caso das vítimas, da a atriz que interpretou Sarah Hildridge (indo da louca alcoólatra a mãe esperançosa com maestria), como no caso do casal responsável pelos sequestros – cada vez que os dois apareciam em cena eu ficava arrepiada.

O finalzinho do episódio foi de fazer chorar, como li em um review estrangeiro: “quando Charlie aparece na BAU JJ chora, Sarah chora, Charlie chora e eu chorei”. Não tem melhor descrição para o momento. Eu não cheguei a chorar, mas confesso ter ficado muito derrubada quando Charlie procura pelo pai do outro garoto e conta que ele estava vivo até dias antes.

Para encerrar não podia deixar de comentar o acerto da direção de Mathew Gray Gruber, o Spencer. O episódio foi bastante sólido de roteiro, mas deu para perceber que o moço também tem talento na área: todos da equipe e mesmo os convidados, estiveram muito alinhados em seu desempenho, esse alinhamento garante unidade ao episódio, mesmo os arroubos heróicos de Morgan estiveram mais contidos.

“Esperança é algo com penas que pousa na alma e canta uma melodia sem palavras, e nunca pára de todo.” – Emily Dickinson

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

8 Comentários


  1. olha ….. juro que me lembrei de você quando estava assistindo este episódio 🙂
    e fiquei ainda mais impressionada pois tinha acabado de baixar e assistir o episódio que não foi ao ar aqui no Brasil que alias me lembrou a mesma história de quando um episódio de Buffy foi proibido de passar porém depois passou, pois foram assuntos muito parecidos
    muito medo destes adolescentes O_O

    me emocionei muito com a cena do Charlie conversando com o pai do menino, muito triste mesmo e fiquei muito satisfeita em saber que foi o Reid que dirigiu o episódio …ops o Matthew heehehheh

    é sempre bom ler reviews que elogiam e apontam tanto os pontos bons e ruins sem depreciar uma série

    muito bom mesmo seu review 🙂

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  2. Parabéns pelas Review, Simone. Vc sabe falar muito bem sobre os episodios.

    Esse episodio foi muito bem montado, e mesmo dando um pouco de medo eu gostei.

    Eu só tenho pergunta, que não é ligada a esse episodio: onde que eu consigo assistir o episodio que não passou aqui no Brasil ??

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    1. Oi carol,

      Eu uso o torrent para baixar (vc precisa ter o programinha utorrent e então busca pelo torrent no extv.it) mas o pessoal assiste através do megaupload ou rapidshare. Eu não sei como conseguir nesses endereços. Acho que uma busca simples no Google já te trás.

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  3. Eu não tenho filhos, mas so imagino o desespero que é perder uma criança por uma pequena distração, me lembrou muito minha mãe quando eu era pequena e vivia me dizendo para não sair de perto dela…

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    1. Eu nunca perdi a Carol em lugar nenhum, sempre fui neurótica com isso, não tiro o olho dela e nunca vou em lugares muito cheios. Confesso que assistindo a este episódio a neurose deve aumentar um pouco.

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  4. Eu chorei e fazia tempo que não chorava assistindo uma série e CM nunca havia me emocionado até este ponto (já foi o tempo que me emocionava em quase todo episódio de Cold Case).

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