Criminal Minds: 100 (05×09)

“Aquele que combate monstros deve tomar cuidado para que ele mesmo não se torne um. E, se olhar muito tempo para um abismo, o abismo te encara de volta.” – Friedrich Nietzsche.

E eu tinha medo de que o final da história de Foyet não ficasse a altura da tensão criada pelos roteiristas ao longo dos episódios.

Pois os roteiristas acertaram bem em duas coisas: não arrastaram a história demais, e com certeza isso ajudará a nos acostumar com Hotch de volta à chefia, e souberam criar uma tensão crescente ao mostrar cenas da casa de Hotch sem nos mostrar quem tinha se machucado.

Que dizer do telefone entre Hotch e Foyet, quando o primeiro já sabe que o assassino está com sua esposa e seu filho e de que ele está longe o bastante para que possa salvar os dois. Hotch então tenta pelo menos salvar seu filho pedindo a ele que o ajude no caso, uma daquelas coisa entre pai e filho, e um dos meus momentos favoritos no episódio.

Eu fiquei até surpresa com o fato de Hailey acabar morta – inicialmente poderíamos avaliar que Hotch se sentiria culpado por isso e pirar de vez – mas, sem isso, talvez não tivéssemos o tanto de raiva necessária para que Hotch acabasse com a raça de Foyet.

Quando eu vi a sombra de Foyet através da cortina eu me revoltei, estava inconformada de ser tão fácil assim. Então Hotch, e nós, vemos o colete. E então você para de respirar enquanto eles rolam pela casa, você vê momentos em que Hotch quase acaba morto, você acha que Foyet pode escapar. Quando Hotch finalmente pega o assassino você quase sente a mesma revolta que ele.

Outra surpresa: ouvir Hotch dizendo que se afastou da liderança da equipe para que Foyet achasse que ele estava acabado. Jogada de mestre essa!!

Assim colo colocar J.J. descobrindo sobre a combinação de remédios, Spencer sobre o novo nome adotado – e o alarme de pesquisa mostrando a Foyet que eles estavam perto – Garcia descobrindo as pistas no computador. E assim, um a um, cada membro da equipe teve participação muito importante para que Foyet finalmente fosse pego.

Entre as cenas de Hotch e Foyet temos os membros da equipe, um a um, sendo interrogados por Erin. A surpresa: ao que parece a chefe do departamento deixará Hotch e sua equipe em paz por pelo menos algum tempo.

Um episódio perfeito.

“Boa parte do que há de melhor em nós está ligado ao amor de nossa família. Que arruína a medida de nossa estabilidade. Por que ela mede nosso sentido de lealdade.” – Haniel Long

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

4 Comentários


  1. Esse episódio foi o melhor de Criminal Minds, não me canso de assisti-lo e me emociono toda vez.

    Criminal Minds está se firmando como o melhor procedual do momento.

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  2. Somente ontem (06/09/2017), eu pude “saborear” este episódio, pois eu comecei a assistir CM tardiamente, então, eu estou concentrada na reprise da série no canal fechado. E, sinceramente? Eu odiei a morte da Hailey! Morte desnecessária! Eu falo como fã sentimental da série; eu sei que a trama não pode perder força e deixar de surpreender, porém foi muito duro para mim ver uma mulher tão boa e apaixonada ser sacrificada desta maneira. Eu queria que HOTCH fosse com a família para o program de proteção às vítimas ou matasse Foyet sem o sacrifício de pessoas que ele ama.

    Vê-lo matar o Foyet e sentir ódio junto com ele não me trouxe consolo nenhum!

    Por que os chefes de polícia nunca podem ter suas esposas e filhos e conciliar trabalho com vida pessoal? Será que é preciso ser eunuco?

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