Boston Legal: Trick or Treat (3×07)

Definitivamente Alan e Deny ficam realmente bem de rosa… Seja em suas fantaisas de flamingos, seja de vestidos cor de rosa imitando The Lennon Sisters. E nada como uma festa de Halloween na Crane, Poole and Schmidt para nos sentirmos em casa, ainda mais quando os funcionários são autorizados a usar suas fantasias durante o horário de trabalho, por mais que Lewiston não goste.

Jerry Espenson mais uma vez recorre a Alan Shore e é claro que ele aprontou algo que só ele seria capaz: mentiu que não era contra a pena de morte para poder participar de um júri que decidia o destino de um homem que poderia ser condenado a este destino. Uma lei estranha proíbe pessoas terminantemente contra a pena capital de participar do júri.

Até aí poderia se considerar uma mentira inconsequente, mas ele resolve dar uma entrevista onde declara sua posição aos quatro ventos… E os quatro ventos incluem um promotor louco para condená-lo por perjúrio, já que o caso em questão acabou com o réu condenado à prisão perpétua e não à morte.

Ah, não podemos esquecer de contar que Jerry também tem um novo cacoete: pequenos pulinhos que ocorrem quando ele tenta controlar sua voz. (Adoro esses roteiristas!)

Como confusão pouca é bobagem, Shirley recebe a visita de Lincoln Meyer, se você pensou que ele ia sumir após o final do julgamento se enganou, como Coho também estava por lá é claro que a cena rendeu um ótimo diálogo entre os dois malucos (não sei qual é o maior) e o motivo da visita não poderia ser mais inusitado: ele está processando o escritório pelo que Coho falou dele durante o julgamento.

Corta a cena para um inusitado grupo de “marriachis” tocando e cantando uma música de Sonny e Cher no meio do corredor, Denise e Alan se aproximam do grupo até que o grupo começa a tocar C’est L aVie:

I once knew a man who owned a butcher shop (ah!)
Uma vez eu conheci um homem que tinha um açougue
He also had apartments to rent up on top
Ele também tinha apartamentos para alugar no prédio
But he didn’t include on the sign that he painted “No pets”
Mas ele não incluiu no aviso que ele pintou Nada de animais
And the tenant who rented had six hungry dogs, he regrets
E quanto ele percebeu que o locatário tinha seis cães famintos ele se arrependeu
But he said…
Mas ele disse

When things go wrong, just sing a song
Quando as coisas dão errado, simplesmente cante uma canção
The birds in the trees will sing harmony
Os pássaros nas árvores cantam em harmonia
Sing c’est la vie & soon you will see
Cante é a vida e logo você verá
Your cares will be free; just sing c’est la vie
Seu coração estará livre, simplesmente cante “c’est la vie”

Quando Denise ouve essas últimas palavras ela fica triste, em choque, e deixa cair a xícara que estava em sua mão. Ela explica para Alan que Daniel morreu e que ele sempre repetia que se um dia chegasse sua hora, bem, c’est la vie. Quando ela começa a contar um pouco de Daniel para Alan eles percebem que os dois deveriam ter se conhecido, pois realmente eles se dariam bem.

Quando Shirley aparece com uma máscara de ceifador na porta de Denise ela desata a chorar. A festa de Halloween não será cancelada, mas a fantasia de Shirley será.

Shirley conta a Lewiston sobre o acontecido e sobre o processo contra Coho e eles escolhem Brad como a pessoa perfeita para defendê-lo. Você tinha dúvidas de que isso renderia ótima história?

Bom, a defesa que Alan faz de Jerry é perfeita, mais uma vez ele salva o amigo de uma situação cômica, se não fosse trágica. Ele compara a situação de manter de fora do júri pessoas contra a pena capital com perguntar a um candidato ao júri se ele é contra condenação em geral, contra a cadeia, contra serviços comunitários… Daí ele parte para exemplos sobre reuniões de condomínio e que tais. Mas Alan mresmo não acredita que dessa vez tudo dará certo, até Jerry surpreender em sua testemunho e ele começar seu encerramento, perfeito, ou alguém tinha dúvidas?

No necrotério Denise, que aceitou a companhia de Alan, vai se despedir de Daniel, mas, bem, só resta um pé… E o pé, bem, não combina… Além de ser metros maior que o pé de Daniel ele também é preto, e temos que concordar que Daniel de preto não tinha nada. As caras de Denise no necrotério são impagáveis. Denise parte em busca de alguma parte do corpo do noivo da qual ela possa realmente se despedir, mas a tarefa é difícil quando alguém morre em terra brazillis fazendo algo ilegal.

Denise ainda tenta prestar seus respeitos para um fígado, mas não consegue, e parte atrás de um traficante de corpos para descobrir alguma informação sobre Daniel. Ela acaba tendo a indicação de que a cabeça dele estaria em uma casa no interior do estado, onde uma família resolve tornar mais reais as encenações do Halloween. Ela e Shirley vivem um dos melhores trechos das duas nesta casa assombrada, dando pulos e gritos, até, finalmente acharem a cabeça do noivo falecido.

Eu acho que a dupla Denise e Shirley é o perfeito contraponto a dupla Alan e Denny.

No processo de Lincoln contra Coho, o maluco resolve representar a si mesmo e Brad e Coho se estapeiam em qualquer oportunidade. O juíz acaba não aceitando o caso, afinal advogados têm imunidade sobre o que dizem no tribunal, mas Coho arruma um novo inimigo ao roubar a secretária, Mellisa, de Alan, que resolve adotar os grasnados de Jerry para demonstrar seu descontentamento.

Já Denny irá conhecer a mãe de sua namorada, Bethany (como é que ela não foi indicada ao Emmy?) e a situação acaba mais tensa do que qualquer um conhecendo a sogra: ele namorou a mãe dela no passado e ainda corre o risco de ser pai de Bethanny, yac!

A festa de Halloween rola solta, Denny ainda inconformado com Alan ter ganho um caso de desobediência civil e com o fato de talvez ser pai de sua namorada.

O episódio acaba com uma conversa das melhores entre Alan e Denny, que achou Alan bem atraente de vestido (Alan: Você não vai entrar neste vestido!) e com o maluco do Lincoln Meyer fantasiado matando o juiz que não aceitou seu processo contra Coho… Ohoh…

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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