Cinema: A Médium

Chega aos cinemas nesta  quinta-feira o longa A Médium (The Medium), que  tem direção de Banjong Pisanthanakun, o mesmo de Espíritos – A Morte está ao Seu Lado (2004).

Na história, o espectador conhecerá a história de Nin, a médium de uma pequena comunidade, e seus desafios para tentar salvar a sobrinha Mink de comportamentos estranhos que logo se revelam como possessão por uma falange de demônios.

Seguindo um modelo “documentário falso”, o roteiro nos narra um caso de possessão demoníaca ambientado em uma região rural da Tailândia.

Como espectadores, acompanhamos uma equipe de “repórteres” que está fazendo um documentário sobre práticas espirituais na vila de Loei, na região de Isan, no nordeste da Tailândia.

Essa reportagem foca especificamente em uma simpática costureira chamada Nim, que afirma ter sido escolhida como médium de um espírito ancestral que protege os habitantes da vila. Essa divindade é conhecida como Ba Yan (Bayan?) e as mulheres da família de Nim vêm servindo como médiuns (ou xamãs) para seu espírito por várias gerações.

No momento da filmagem, Nin faz uma viagem para acompanhar o funeral do marido de sua irmã, que morreu inesperadamente. E é durante este funeral que conhecemos sua sobrinha Mink, que inicialmente não acredita em mediunidade, mas logo começa a agir de forma estranha.

Parece que você já viu isto em algum lugar, certo? Sim, você viu mesmo.

O longa metragem – e bota longa nisso: são duas horas e dez minutos de filme – não esconde ter buscado suas referências em filmes como A Bruxa de Blair e Atividade Paranormal.

E, no início, o filme funciona muito bem em sua proposta, nos mantendo interessados e curiosos pelo caminho que ele tomará.

Só que, ao se levar a sério demais, o formato acaba se tornando cansativo e equivocado. Em nenhum momento conseguimos nos conectar com os personagens principais, até porque a equipe de filmagem não se conecta.

Além disso, a fim de garantir as reviravoltas desejadas, o roteiro acumula decisões estapafúrdias.

Resumindo: aquilo que prometia ser “o filme mais aterrorizante do ano” ainda que visualmente interessante acaba sendo uma experiência entediante e frustrante. Pode valer por um ou outro susto, mas está longe de trazer algo realmente diferente ao gênero.

 

Escrito por Carlos Miletic

Apaixonado por literatura e cinema, não resiste a um filme de terror, muito menos a um livro de mistério. John Wick é seu modelo e Stephen King o seu pastor.

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