Cinema: Assim Como no Céu

Lise é uma garota de 14 anos, a mais velha entre os irmãos e também a primeira da família a frequentar a escola. Vivendo no final do século 19, a ideia de ter um futuro diferente da realidade da sua família na comunidade rural onde moram é algo que faz de Lise uma menina otimista e esperançosa. No entanto, quando sua mãe entra em trabalho de parto, Lise rapidamente percebe que uma tragédia se aproxima, algo que pode fazer com que seus sonhos se desfaçam tão logo o dia amanheça. 

Assim Como No Céu nos traz uma história que emociona por sua força e pela beleza melancólica com que é contada. A história de Lisa, uma mulher que ainda jovem precisa lidar com a possibilidade de ter que abrir mão de seus sonhos para cuidar dos irmãos e ser “dona de casa” seria até comum, não fosse a jornada do filme na longa noite onde o destino de Lise muda tornar tudo tão tocante para nós.

Em uma produção plasticamente perfeita, cheia de closes impactantes e tomadas amplas, silêncios enormes e gritos de profundo desespero, temos uma experiência daquelas que só o cinema é capaz de produzir: um filme que nos diz tanto não só pelo o que mostra, mas pelo o que faz sentir.

Exibido nos festivais de Toronto e San Sebastián, o longa de estreia de Tea Lindeburg, que também assina a direção da série Equinox, é um triunfo de beleza ao falar sobre maternidade, feminilidade, religiosidade e sonhos.

Assim Como No Céu integra a 45ª Mostra de Cinema  na categoria Novos DiretoresAcesse o site oficial e informe-se sobre sessões e demais títulos disponíveis.

Escrito por Tati Lopatiuk

Tati Lopatiuk é redatora e escritora em São Paulo. Gosta de romances em seriados, filmes, livros e na vida. Suas séries favoritas são Girls, The Office e Breaking Bad. Pois é.

Seus livros estão na Amazon e seus textos estão no blog.

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