Devo dizer a vocês que eu realmente fiquei impressionada com este episódio de Bull e dificilmente eu esquecerei essa questão do nosso cérebro escolhendo o que lembrar e o que não lembra. Na lista do que não lembrar, uma placa escrito “não leia isso” com certeza deve estar em uma das primeiras colocações.
E essa não foi a única lição da noite. Ou melhor, o roteiro também confirmou que a política muitas vezes consegue fazer as pessoas reféns de seus interesses. Confirmação aqui na figura de um pai que não somente tem de enfrentar a perda da esposa e as dificuldades de lidar com o acidente que a matou, como acaba no banco dos réus sendo acusado de tê-la matado.
Ainda que Bull também tenha sido usado por interesses políticos, foi muita sorte que ele tenha acabado no caso defendendo John.
O excesso de política bem serviu para que Bull pudesse usar suas frases de efeito:
“Típico conflito de interesses; ao invés de resolver problemas ele gosta de aumentá-los.”
E Gill ainda conseguiu nos surpreender ao seguir as instruções de Bull, este mesmo bem esperto de escolher um iniciante ao invés de um advogado cheio de manias. Fico imaginando o quanto esse julgamento vai lhe ajudar na carreira.
Sobre Bull ter “traído” seu cliente? Aqui eu achei que funcionou muito bem, eles realmente precisavam entender porque ele poderia estar nervoso naquele dia, ainda que o mais importante era fazê-los entender que foi um acidente, ou seja, sem culpados, mas espero que isso não se torne regra. Prefiro quando Bull consegue realmente convencer o cliente, e a nós, de que uma escolha é a melhor para ele.
Agora, foi impossível não prestar atenção ao detalhe de que eles recebem informações dos jurados antes, coisa que não poderia acontecer, e o tanto que Cable hackeia as coisas… Fico pensando no quando Bull e sua equipe “esticam as linhas” da legalidade.
P.S. Bull tem jeito com crianças, mas eu confesso que imaginei aquela bola de beisebol quebrando aquelas telas todas de TV.