X Company: August 19th (2×10)

Eu sei, eu elogio demais X Company e isso pode fazer com que algumas pessoas fiquem descrentes com relação às minhas resenhas, afinal fica parecendo coisa de fã, não é mesmo? Bom, posso apenas torcer para que ainda assim as pessoas deem uma chance para a série, principalmente para esta segunda temporada porque nós temos algo bom demais nestes dez episódios – ela teve um tom totalmente diferente da primeira temporada, na verdade.

Algo que August 19th, escrito pelos criadores da série, soube fechar muito bem, ainda que destroçando totalmente nosso coração. Depois de nos manter com a atenção dividida ao longo do caminho – parte aflito com Aurora e seus planos com relação à Faber, parte com o restante do time tentando ajudar as tentativas de invasão dos aliados – eles nos deixaram primeiro sem fôlego para depois nos arrancar lágrimas.

E isso porque, depois de quase o perdermos no início da temporada, ficou ainda mais difícil ver a morte de Tom e o desespero de Neil quando tudo acontece. Ainda que alguns possam considerar esperado que o time perca alguém a esta altura depois de tudo que passou e até para retratar verdadeiramente as mortes de tantos, foi impossível não pensar em Krystina do outro lado do oceano e no quanto Tom teria se orgulhado no futuro da forma como ele lutou. Logo o rapaz americano que trabalhava com publicidade e jamais poderia imaginar o que ainda faria em sua vida antes de chegar ao acampamento.

Além disso, a contribuição de Neil, Tom e Harry aos Aliados foi como a coroação do quanto os três amadureceram, de que deixaram de ser rapazes bem intencionados e se tornaram verdadeiros soldados. O que eles fizeram ao conseguir aquelas transmissões do exército para o pessoal do acampamento simplesmente não tem preço.

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O restante do episódio foi roubado por Aurora, Alfred e Faber. Acho que todos compartilhavam de muito receio com relação ao plano de Aurora de usar Faber para a causa aliada, mas temos que reconhecer que o plano dela, caso desse certo, ofereceria uma vantagem sem precedentes para eles.

Além da oportunidade de vermos, mais uma vez, o confronto entre aqueles que se tornaram os personagens mais ricos da série – e aqui precisamos destacar que o trabalho de humanizar Faber ao longo de cada episódio usando para isso de sua relação com Sabine e Ully. O trabalho foi tão bem sucedido que, enquanto podíamos achar que soaria falso um nazista arrependido, apenas serviu para ressaltar os horrores do que o regine nazista defendia.

É isso que vemos quando vemos Faber dizer que matou seu filho porque não suportaria imaginar as maldades que fariam com ele.

Do outro lado, fazer com que Faber fale disse para Aurora, que usa a morte de Ulli como motivo para que ele capitule e traia seu país, no mesmo episódio em que um superior alemão fala do mesmo assunto e o usa como motivo para provar a lealdade de Faber, nos lembra que não existe preto e branco, que talvez usar isso não seja o melhor momento de Aurora, que ali ela não seja a pessoa que tanto admiramos, mas apenas uma soldado fazendo seu trabalho.

E Faber aceitar a proposta foi tão chocante para mim quanto foi para ela, ainda que ela soubesse que estava usando a melhor carta, a da culpa. Na verdade, ela usa a culpa dele e também se sente culpada por isso – e neste momento voltamos a admirá-la.

Finalmente, e porque não havia como não falar disso: Aurora e Alfred. Nós sabíamos desde o início que a ligação entre eles seria poderosa. Alfred amou Aurora, sua força, sua doçura disfarçada, desde o primeiro momento. Só nos resta esperar que, na próxima temporada, isso não se torne um peso para um, ou outro. Mas confesso achar irônico pensar, agora, que Alfred sobreviveria melhor que Aurora a um término brusco ou a morte da outra parte.

E o nosso coração, como ficará na próxima temporada?

P.S. Tom era o mais “luminoso” membro deste time, ainda conseguia carregar algum sorriso. O que será deles, e de nós, sem ele?

P.S. do P.S. Gente, e a carta que Neil tira do bolso de Tom? Alguém consegue imaginar como a Krystina ficará ao ler?

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


  1. Chorei a cada palavra lida da carta do Tom … snif snif

    Harry ficou despedaçado, vai ter trabalho pra voltar ao normal.

    E quando tudo parece apenas perdas … lá me vem o Faber para nos dar uma esperança.

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  2. JÁ ASSISTI TODA E CLARO QUE NÃO VOU CONTAR NADA, MAS A SÉRIE É MAIS QUE PERFEITA E COMO NOS CHOCA AQUELA SITUAÇÃO.

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