The Good Wife: Verdict e End (7×21 e 7×22)

“A cena final do segundo episódio, que ilustra esse post, mostra Alicia reconquistando um pouco mais de si mesma, ao aceitar ouvir as tais declarações de uma das prostitutas envolvidas com seu marido.

E ainda temos a história revelada pelo filho de Alicia, de que houve montagem das fotos do marido de Alicia e uma das prostitutas. O que isso significará daqui por diante? Não sei, mas acrescenta um pouco de simpatia pelo personagem, a quem você já odeia desde os cinco primeiros minutos do primeiro episódio.

The Good Wife é mais do que um bom seriado de tribunal porque, aqui, mais que um caso ou outro defendido por Alicia, e eles são bons também, é a vida de alguém sendo reconstruída a que assistimos, e de uma maneira muito prazerosa.”

As frases acima fazem parte de meu primeiro texto sobre The Good Wife, quando a série estreou por aqui em episódio duplo. A imagem que ilustra o texto, tirada do segundo episódio, mostra uma Alicia ainda muito triste, mas que resolvia encarar a verdade.

De lá para cá muita água passou embaixo da ponte, Alicia ensaiou uma reconciliação com Peter, tentou um velho amor com Will, ficou sozinha e magoada, se apaixonou… E acabou sozinha e magoada. Não sei como foi para vocês, mas para mim a coisa foi bastante frustrante – e olha que eu fui aquela que defendeu muitas vezes as decisões questionáveis de Alicia.

A impressão foi de que eles simplesmente sabiam o que fazer com ela nestes últimos episódios.

Alguns poderia dizer que Alicia colheu o que plantou ao nunca se afastar de forma definitiva de seu ex-marido. Outros dirão que a arte imitou a vida, mantendo a inspiração em Hillary Clinton, que nunca se separou e hoje é candidata à presidência dos EUA. Eu direi que a Alicia que conheci nestes anos, ou na maior parte deles já que as três últimas temporadas foram bastante complicadas, não tinha ilusões políticas, na verdade sempre teve “horror” a parte política de sua vida.

Mais que isso: ela não faria o que fez com Diane naquele tribunal, humilhando alguém que esteve em sua vida por tanto tempo. Ela provavelmente não partiria com Jason como uma adolescente, outra coisa que nada tem de Alicia, mas acho que depois de ter tido a coragem de finalmente pedir o divórcio, ela poderia recomeçar sua vida.

Provavelmente é daí a minha maior frustração: Alicia está recomeçando sua vida há sete anos e ninguém pode negar que ela merece isso, mas em nenhum momento ela realmente teve isso, nem mesmo no final, quando parecia mais próxima disso.

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Depois de ver aos episódios finais demorei para escrever, ainda digerindo a perda da série e seu final. Neste meio tempo li que os criadores da série sempre pensaram em mostrar uma vítima se tornando algoz. Isso explicaria as decisões dos episódios finais.

Mas isso também aumenta a frustração: se assim fosse, Alicia teria que ter perdido muito de seu receio e de sua moral, seria mais parecida com Canning ou Peter e menos ela mesma. Do jeito que ficou ela apenas foi a mulher do quase, aquela que fracassou em seguir em frente, em deixar para trás.

E é horrível ver tamanho potencial para dar certo, bem, não dando.

P.S. Diane e Lucca terão uma série para chamar de sua com a firma de mulheres. Ela ainda não tem data de estréia, mas será transmitida nos EUA pelo serviço de streaming da CBS que concorre com a Netflix.

P.S. do P.S. Inconformada com a desconstrução de Cary. Adorava o personagem.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. Muita decepção com esse último episódio :/

    Personagens chatos seguindo em suas vidas sem noção como foi o caso do filho mala da Alicia, casar nesta idade e ainda largar os estudos para ficar dependendo da esposa …. oláaaa … veja bem o caso dos seu pais !

    Até o Jeffrey ficou P da vida com esse final do seu personagem, e não tiro sua razão.

    O pior de tudo é como descaracterizaram o Cary … argh

    Nem a participação do Will conseguiu ajudar em nada !

    RIP

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  2. Depois de tantos anos seguindo a série, me senti traída. Nunca ví umfinal tão sem final.
    Parece que os autores odeiam os personagens.

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  3. Uma série tão boa, mas com um final ruim.

    Transformaram a Alícia em uma barata tonta, um bumerangue, que rodava e voltava para o mesmo lugar.

    Cleide, VC tem razão: descaracterizaram o Cary.

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