Um dia li em uma resenha americana sobre uma série, acho que foi Bones, que o fato de conseguirmos achar coisas boas e ruins em um episódio significa que ainda nos importamos com ela. Bom, Mr. & Mrs. Castle foi exatamente isso para mim, então eu devo me importar.
A verdade é que depois de muitos elogios pela forma como os roteiristas tinham conseguido lidar com a união do casal principal, de forma diferente de outras séries, depois acabou descarrilhando em drama desnecessário, primeiro com o sumiço do noivo no dia do casamento e agora com esse “reaproveitamento” da trama da morte da Kate e o afastamento dela do marido.
Não bastasse isso, a promoção da moça fez com que ela se tornasse mais alheia ainda, se formos pensar nenhum capitão realmente participou do dia a dia das investigações, então passamos a ter relances de Becket – ainda que ela tenha ganho mais tempo de tela que qualquer outro capitão.
Neste episódio, por exemplo, ela não tinha que “ir a campo” na investigação, isso não é trabalho dela. Mas eu fico imaginando o monte de fãs enchendo o saco dos roteiristas lá nos EUA, infelizes, chorões, então este episódio deu aquele gostinho de ver Beckett e Castle trabalhando juntos como nos velhos tempos e isso foi divertido.
Outra coisa que talvez não tenha funcionado como eles queriam é a tal trama reaproveitada: o afastamento de Beckett e Castle por causa da investigação é irreal, absurdo. Se de um lado eu não imagino Castle desistindo fácil dela, do outro eu imagino que sim, ele tem mais é que ficar de saco cheio com essa mentiras dela – e, na boa, essa coisa do Vikram tá me parecendo que ou ele está gostando da Beckett, ou ele é muito sem noção; se a intenção é que eu não goste dele, bem, estão tendo sucesso na missão.
E aí que eu até fiquei feliz quando ele confrontou Becket sobre o que ela está fazendo e dos riscos que ela está correndo, só para ouvir um “você precisa confiar em mim” . Olha, se tem algo que me irrita nesta série é a forma como os roteiristas desmerecem Castle, que já provou e reprovou que está ali pela esposa, que pode ajudá-la, que a ama e, affff, que tem uma tremenda paciência.
Na verdade a minha única crítica ao escritor é o fato dele estar sendo passivo demais com tudo isso – e a cada vez que alguém lembra do desaparecimento dele.
Bom, talvez o aparecimento do tal Caleb seja um bom sinal neste caso: quanto antes eles encerrarem esta parte da história, eu agradeço. Só que achei meio furada a história do cara muito muito rico que vira defensor público e que está envolvido nessa enorme trama que mata a todas que chegam perto demais – ele virou defensor público para livrar os bandidos que trabalham pro pessoal, é isso?
Pfffff
