Como a gente se sente boba quando chora e se desespera com uma história, ainda que saiba que ela acaba bem, não é mesmo? Foi assim para mim assistir Derek. Eu já sabia o destino do personagem, então sabia que ele ficaria bem, mas mais de uma vez eu chorei ao ver um de nossos personagens queridos sofrendo na tela.
Claro que eu também chorei de alegria. Isso todo mundo sabia que ia acontecer, só não imaginava o quanto os roteiristas seriam capazes de apertar nosso coração.
Os primeiros minutos são dedicados a criar a tensão: não sabemos quem levou Morgan, mas sabemos, enquanto eles vão separando item a item de seu kit de tortura, que não será agradável o que virá em seguida.
Somos então levados ao mundo interno de Morgan, aquele que ele criou quando foi abusado na juventude, para onde ele levou seu pai, que ele perdeu tão cedo e cuja morte um lado dele ainda se culpava. É na conversa dos dois que vemos o quanto foi preciso que ele se defendesse ao longo da vida, não será um grupo de mercenários pagos que vai quebrá-lo.
Nem mesmo fósforo branco queimando em seu peito vai quebrá-lo. Se pensarmos com cuidado já vimos episódios bem mais violentos de Criminal Minds, mas aqui a violência nos pegava de forma diferente – e é preciso dizer que se os roteiristas foram felizes na construção do esconderijo mental de Morgan, eles também foram em cada minuto naquela sala, na tortura e no erro que permitiu Derek se soltar. Na briga pelo telefone e na entrada do último bandido.
E eu sei que o fato dele estar com seu pai ali foi muito emocionante, mas nada vai superar o fato dele conseguir resgatar o pouco da Garcia e o Reid que existe dentro dele depois de tantos anos. Quando ele vê a Garcia ali, ela com sua tiara de gatinho, eu chorei. Eu chorei pela amizade que eles tem, pelo que ela devia estar sentindo enquanto ele estava perdido.
Então o pai, Garcia e Reid foram o que lhe deram serenidade para não quebrar. E Savannah foi quem lhe deu um sopro a mais de vida para que ele pudesse esperar pela equipe o encontrar. Quando ele descobre que ela quer lhe contar que está grávida eu consegui sorrir entre as lágrimas.
Confesso: quando ele a pede em casamento eu já estou rindo.
P.S. Direção de Thomas Gibson. Excelente direção de Thomas Gibson e Shemar Moore arrasou. Que episódio, senhores, que episódio!
P.S. do P.S. Nem tenho dó de quem contratou o serviço quando a equipe chegar até ele, não tenho mesmo. Mas não consigo imaginar a motivação de algo assim.
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Em primeiro lugar gostaria de registrar minha felicidade pelo trabalho de vocês. Já conhecia a Cleide do outro blog e me sentia órfã.
Não fosse por vocês eu perderia séries ótimas como Monday Mornings.
Sim, acho O Último Reino promete muitas emoções bem como uma lição de história.
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Ops, direcionei errado.