Um dos maiores méritos deste episódio é nos ensinar sobre a relatividade do tempo, por isso é tão importante ter prestado atenção ao começo do episódio para aprender corretamente a lição.
A primeira parte dele nos ensina o quanto o tempo passa rápido. Ao nos mostrar a história do menino que se esconde sob a escada do hospital enquanto Karev e Bailey precisam decidir se acionam o código rosa ou não e, após a decisão de acionar, ele é encontrado, tudo passa rápido, rápido o bastante para que a gente entenda o bico que o chefe da segurança está por conta da papelada, rápido o bastante para pensarmos o quão fácil nós nos desesperamos quando crianças desaparecem.
A segunda parte nos ensina sobre como ele pode parecer uma eternidade, ao mostrar o nervosismo de Ben e DeLuca quando ficam presos naquele pequeno espaço de corredor quando uma mulher grávida começa a passar muito mal e eles não tem para onde fugir. Aqueles poucos minutos em que o código rosa estava trancando portas pareceram uma vida inteira nesta parte.
Se até aí não tivéssemos entendido que tudo depende, da onde vocês está, do que está fazendo, do que precisa fazer, entenderíamos no momento em que Bailey nós mostra, e ao Ben, o vídeo da segurança.
O vídeo em que Ben olha para a porta se abrindo e ainda assim resolve abrir a barriga de uma mulher no meio do corredor sem nem saber o quadro completo dela. Naquele momento Ben tentou o impossível: correr contra o tempo.
Um episódio tremendamente bem executado e muito diferente do que nos acostumamos em Grey’s Anatomy. Um drama e tanto, mas de outro tipo. E que, com certeza, não terminou.
Pobre Bailey. Acho que ela pensou o quanto seria melhor que Ben tentasse o tal prêmio, porque a cada episódio ficava mais difícil gerenciar a impossível situação pessoal/profissional dos dois e o que aconteceu hoje tornou a questão impossível.