Chicago Med: Derailed (1×01)

Que dizer dessa série que mal chegou e que eu já amo tanto? A terceira série de Dick Wolf na cidade de Chicago estreou na última segunda e é praticamente impossível para mim não ficar empolgada:

  1. É do Dick Wolf.
  2. Vai rolar muito crossover com as séries irmãs, Fire e PD.
  3. É série médica (lembrem-se sempre: ER é série médica, Grey’s Anatomy é drama mexicano que se passa num hospital).
  4. É em Chicago, assim como ER – ainda que falando de dois hospitais diferentes, mas fã que é fã pegou a fala em que eles citam o County, não foi?
  5. Tem Oliver Platt no papel de um psiquiatra cheio de frases que com certeza virarão citações e Epatha Merkerson colocando ordem na bagunça.

Chicago Med - Season 1

O primeiro episódio teve o objetivo de apresentar todo mundo e ainda assim mostrar que o ritmo de uma sala de emergência é bem puxado: tivemos um trem descarrilhando com o doutor Rhodes (novo médico do hospital) dentro dele, o que garantiu várias cenas de heroísmo e vários momentos tensos depois já no hospital.

Halstead, já conhecido dos fãs das séries irmãs por participações por lá e irmão de nosso lindo Jay de PD, teve direito a cenas de ciúmes, provocadas porque agora são dois médicos bonitões no hospital e ele precisa lidar com isso – Daniel Charles sobre a chegada do médico: “Vai ativar alguns receptores de estrogênio por aqui”.

Temos, ainda, o paciente recorrente, um garoto com doença nos pulmões que acaba no hospital vez ou outra em função da piora de seu quadro e está cada vez mais perto da morte. Como era de se esperar, seu quadro serve tanto para permitir um final de episódio redentor como para mostrar um angulo bastante particular de Daniel Charles, que nos conta ter sido esse seu primeiro caso desde que chegou ao hospital.

É a união da tragédia de trem e da doença de Jamie (o menino) que temos o final redentor: ele pode receber um novo pulmão e imaginar uma vida nova.

Mas dar chance a Rhodes para ser herói ou dar um final redentor a Jamie não foram as únicas funções do acidente: temos o caso da garota que é barriga de aluguel e cuja cirurgia pode salvar a vida dela, mas matar o bebê e, claro, seu destino deve ser definido pelos pais da criança que tem a sua última chance de realizar um sonho de vida.

Sim, tivemos clichês no episódio, a grande verdade é que com  a necessidade de apresentar todos os personagens (coisa para a qual um desastre sempre funciona bem) e ainda nos fazer se importar com a série, o uso de clichês é quase impossível de ser evitado.

Ainda assim, deixam espaço para que você se apegue aos personagem: com certeza Rhodes está longe de ser o riquinho metido que Halstead acha que ele é, Daniel Charles é aquele cara que você quer ter como amigo, Natalie é a médica que passa por uma terrível fase pessoal (marido morto na guerra e ela grávida) e que está decidida a seguir em frente. Temos ainda as enfermeiras e, gente, desde ER que eu não via enfermeiras tendo mais do que duas falas em um episódio, o que me enche de amor.

Mais que tudo, o que se percebe aqui é que Dick Wolf teve bastante trabalho para nos apresentar algo que realmente pertence ao universo criado com tanto cuidado nas duas outras séries. Talvez quem não as assiste tenha ficado um tanto com pé atrás com este primeiro episódio, apesar de ter feito tudo que precisava, o piloto não teve a pressa característica de episódios com grandes desastres.

É quase como eles não tivessem visto necessidade disso e que ele realmente só tenha estado lá para possibilitar as relações que eu citei acima.

Para quem já é fã, bem, Chicago Med é confortável como o lar.

P.S. Ainda que eu esteja tremendamente empolgada, anos de séries médicas, principalmente ER, me ensinaram que usar o desfibrilador em um paciente com ritmo assístole não funciona.

P.S. do P.S. Alguém me confirma se Nick Gehlfuss, o Halstead caçula, pinta o cabelo? Eu achei o cabelo dele tão estranho…

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Adorei tudo o que vc escreveu sobre a série. Amava o ER e gosto de série médicas, por isso tb estou começando a assistir a Code Black, que não é ruim, não!
    Quanto ao Halstead médico… acho que usa peruca, por sinal, horrorosa. Espero que não faça par com a Nathalie, pois ele é bem problemático, além de antipático – e de peruca??? Não dá!
    Abraço.

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