Quantico: America (1×02)

Logo após terminar de assistir a este segundo episódio eu fiquei um tempo apenas pensando no que é que me incomoda realmente em Quantico. No episódio piloto eu achei que era a edição um tanto confusa. Eu o assisti novamente e pensei que havia sido o excesso de flash-forwards, e escrevi isso aqui.

No segundo episódio a impressão foi diferente e eu tenho um problema com a protagonista. E isso porque em vários momentos ela é pintada como a nova “Olivia Pope”: a mais bonita, a mais interessante, todos os homens, inclusive o responsável por sua turma de novatos, se apaixona por ela; a mais esperta, capaz de enxergar o que nenhum dos demais é capaz. E, não menos importante, a única de que não devemos desconfiar, afinal o episódio foi recheado de motivos para desconfiarmos de todos os demais colegas.

Calbe agora é um analista e o vemos dando uma olhada em seu próprio Facebook. Não à toa a capa de Apanhador Nos Campos de Centeio sobe na barra de rolagem. O livro que ganhou a terrível fama de ser o favorito de psicopatas em geral.

Simon, o cara legal e coisa e tal, não precisa de óculos, começa a me fazer desconfiar que nem gay é, quanto mais contador. E vai saber sobre o que mais ele estaria mentindo. Ou melhor, vamos saber em breve porque algo me diz que o analista bonitão que gostou dele vai dar uma fuçada no passado bem escondido do rapaz.

Shelby, a loirinha rica buscando vingança para a morte de seus pais? Agora fala árabe no telefone com alguém que não sabemos quem é e usa uma cicatriz falsa.

E as gêmeas muçulmanas ficam um pouco menos suspeitas porque estariam sido preparadas pela diretora para uma missão nunca tentada. Ou na verdade esse é mais um motivo para desconfiarmos delas? E da diretora?

Ainda temos Ryan falando que Alex foi quem atirou nele quando ele sabe que não e enquanto ele jura que vai ajudá-la a provar sua inocência. Se alguém entendeu porque colocar um alvo nas costas dela em cadeia nacional é uma boa ideia, favor explicar nos comentários. E eu também acho que ele é casado.

Ah, agora a Alex também tem rival: Natalie. Quase tão boa quanto ela, com uma cicatriz falsa e apaixonada pelo mesmo cara.

Quantico America 1x02 s01e02 Alex

Alex, em meio a tudo isso, tem cenas que mostram como ela nasceu para ser agente: tem intuição que os demais não tem e se não fica em primeiro lugar em um teste, está logo ali em segundo, apenas para poder fazer um biquinho charmoso. Em fuga, pensa em olhar as câmeras do café em frente a sua casa, coisa que o FBI não fez, depois encontra a passagem para o apartamento ao lado e, ufa, ainda foge pelos telhados dos prédios deixando Natalie presa em um cano.

Pensamento do dia: impossível não pensar em 24, por conta da ação constante e das muitas tramas correndo em paralelo, e em Homeland, quando estávamos crentes de que Brody não era terrorista, opa, agora é, não não é… Sempre com a certeza absoluta que era virada do avesso no episódio seguinte.

Só não sei quanto de fôlego a série tem para se equiparar a essas duas.

P.S. Olha o FBI sendo inútil aí, gente!

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. Descobri o q me incomoda na Alex: o cabelo esvoaçante e o ar de gostosona. Não combina com uma uma agente competentíssima. O perfil da desmemoriada de blindspot combina com uma agente: seca de magra, pouco busto, cabelo curto… Uma pessoa mais “compacta”. As séries americanas nos educaram para os perfis… Não podem mudar no meio do caminho! Essa Alex é da “escola Juliana Paes de gostosonas”.

    Responder

  2. Sorry a ignorância!! A Alex Parrish foi Miss India, Miss Mundo, Miss Bolywood! Ela está exatamente no papel para o qual foi contratada!! E eu querendo uma magrela para o papel!!

    Responder

Deixe uma resposta para AnavicCancelar resposta