Talvez eu esperasse um pouco mais de impacto no confronto entre Perry e Beth agora que ela sabe a verdade, talvez seja porque eu não esperava por uma Beth chorando dentro do carro mal o rapaz lhe dá as costas, mas esse episódio não funcionou tão bem para mim.
Fiquei pensando se de repente não foi por uma falha dos próprios roteiristas, que nos demonstraram tantas vezes o quanto Beth é forte e passou por cima de tudo e acabaram esquecendo de nos mostrar o lado da menina que teve sua vida totalmente mudada por conta de um maluco.
Por conta dessa falha, não vou concluir nada sobre essa trama e ficar esperando pelos próximos episódios, até porque nesse aqui apenas sabemos que Perry sabe que Beth sabe – numa coisa meio Friends de ser.
O que não ajudou ao episódio foi o fato de que o caso da vez também não foi a prova de senão: após um começo de suspense com o motorista de um ônibus sendo atacado em plena garagem da frota a gente ficou esperando por uma maluca obcecada e até ganhamos isso, mas acabamos trombando com uma maluca querendo vingança, numa pegada totalmente Criminal Minds.
Porque foi lá em Criminal Minds que aprendemos sobre o tal gatilho que solta o doido dentro da pessoa aparentemente normal que passou por um trauma no passado. Ou seja, gostei do caso, principalmente pelo verdadeiro bandido ser colocado atrás das grades, mas de novo ele não parecia um caso para a equipe da beth.
Confesso que isso tem me cansado um pouco com relação a série. Em meio a tantas séries policiais procedurais que trabalham melhor questão semelhantes as que tem sido abordadas pelos roteiros, eu sempre fico com a sensação de que existem mil casos de perseguidores que poderiam ser o seu diferencial, mas não são abordados.
Acho, aqui comigo, que a grande dificuldade é abordar uma história complexa de perseguição em apenas 40 minutos, mas vamos combinar que abordar tramas com assassinos em série, por exemplo, também não seria fácil, e tem sido conseguido há anos.