Criminal Minds: If the Shoe Fits (10×06)

As histórias que inspiraram os contos de fadas que conhecemos, em sua maioria em adaptações da Disney, eram terríveis. Mas excelentes em sua função, que era ensinar às crianças sobre o medo e o correto de forma segura, ainda que lhes pregando sustos.

Já os roteiristas de Criminal Minds resolveram caprichar no quesito esquisitice em sua versão própria de Cinderela, com uma moça assassinando os pretendentes que falhavam em seu “teste de príncipe encantado”.

E o duro mesmo é que a gente nunca vai esquecer do Reid ajoelhando na frente da maluca como um verdadeiro cavalheiro e aí vamos lembrar da história toda ao invés dele se declarando para seu grande amor. Humpf.

“Pensando objetivamente, o dom da fantasia significa mais para mim do que qualquer talento para abstração.” – Albert Einstein

Do outro lado, eles foram felizes demais na criação da personalidade dessa assassina: sofrendo abuso por parte de seu pai ela escapa para o tal mundo de fantasia em que se sentia segura, único lugar em que se sentia segura, e passa a procurar pelo seu príncipe.

O problema é que qualquer coisa que a tirasse desse “estado seguro” despertava o lado vilão dela e nem precisava ser uma tentativa de abuso em si, como a gente acabou por ver no cemitério, quando ela quase mata o rapaz que realmente gostava dela porque ele insistia em dizer que aquele não era o túmulo do seu pai.

O que acabou destoando bastante dessa história tão bem contada foi todo o drama da JJ com relação a morte de sua irmã. Primeiro porque essa era uma questão bem resolvida para ela lá nas primeiras temporadas, segundo porque pareceu ser apenas uma maneira de trazer o assunto à tona com algum drama. Ao final, foi bastante esquecível.

“Vingança profunda é a filha do silêncio profundo.” – Vittorio Alfieri

P.S. Melhor diálogo:

Rossi: Ela se encaixa no perfil?

Garcia: Tanto quanto eu me encaixo nos braços de Derek Morgan.