The Good Wife: Everything is Ending e The Bit Bucket (5×01 e 5×02)

Se esses dois primeiros episódios são apenas uma amostra do que teremos, vou dizer para vocês, será impossível desligar da tela até o final e, arrisco dizer: Alicia e Will em lados opostos será ainda mais delicioso do que o quase romance que viveram até aqui.

Sim, The Good Wife está de volta – e depois de um atraso de um ano, mais ou menos, em episódios duplos às quintas – e eu me segurei para não sair assistindo ao seguinte: Alicia tentando esconder a sua saída da firma está quase se tornando uma acusada de terrorismo e o cerco no escritório não está ficando mais solto apesar disso.

Achei especialmente irônico que o primeiro episódio da temporada ganhasse o nome de Everything is Ending, mas nada poderia ser mais adequado: Alicia bem com Peter é algo novo, Alicia e Cary começando sua nova empresa é algo novo e Diane na parede por conta da indicação como juíza também.

Só que a gente sabe que encerramentos não são a especialidade de Alicia – os da vida, não os do tribunal – e ao que parece mais problemas aparecem a cada instante: se conseguir mais tempo era vital para conseguir salvar um inocente da execução, cada hora ganha significava mais uma hora de ligação dela com o escritório, até que isso foi substituído pela espera pelo bônus por parte dos associados – e vamos combinar que até eu os entendi.

O problema é que eles estão longe de serem discretos e eu fico morrendo de medo de ser Alicia a pagar o preço dessa indiscrição e isso ficou claro quando ela foi “convocada” para contar se sabia de algo. Se isso garantiu que as “crianças” ficassem mais cuidadosas, eu não queria estar na pele dela de esconder o que está acontecendo enquanto é considerada sócia da antiga firma.

E eu falei que o caso do episódio também foi excelente? Se tem algo em que essa série é boa é em casos em que o relógio está contra os advogados. E mesmo que eles não tenham conseguido provar a inocência do rapaz, o que seria até meio irreal depois de 10 anos, pelo menos eles garantiram que ele não fosse executado e nos deram uma aula de como usar cada detalhe da lei a seu favor.

Mesmo que isso signifique mandar prender o diretor da cadeira por tráfico – momento favorito.

Já em  The Bit Bucket a coisa só complica mais para Alicia e ela nem imagina o quanto: no meio de um caso com a ChumChum e as ligações da ex-namorada de Zack para o apartamento eu estou vendo nossa advogada sendo levada para um interrogatório daqueles.

O fato dela ficar falando ao telefone de dinheiro em forma de código não ajuda nada nada.

Quanto ao pedido dela de que Will não a odeie, bem, eu não contaria demais com isso.

E sobre o caso? É sempre interessante quando algo na TV consegue refletir tão bem a sociedade atual, seja com versão alternativas do TED ou com a sala privada para discussão de segredos de estado – mil pontos ganhos por Alicia pedir para usar o mesmo recurso.

P.S. Duro ter que falar que a falha deste começo acabou recaindo sobre a trama de Peter: essa história de “promover” a moça bonita só porque ele não consegue manter as calças na cintura foi péssima. Pior só o Eli chamando o departamento de trânsito de promoção.

P.S. do P.S. Do outro lado, isso nos proporcionou a justificativa perfeita para a permanência de Eli, agora chefe de gabinete.

P.S. do P.S. do P.S. A mãe da Alicia: eu entendo a filha, mas não consigo odiá-la por muito tempo. E ela resolveria boa parte do problema da Alicia se fugisse com David.

P.S. do P.S. do P.s. do P.S. Medo do que a Diane falou nessa entrevista. Medo.