Bates Motel: Check-Out (2×04)

Eu jamais diria, quando comecei a acompanhar Bates Motel, que um dia eu não somente entenderia a loucura de Norma, a forma como ela é neurótica, como ainda por cima ia defendê-la, mas se a primeira temporada foi bastante focada na loucura dela e como isso afetou o Norman que já reconhecemos como assassino, esta segunda está nos revelando as coisas pelas quais ela teve que passar, sob as quais ela teve de sobreviver.

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Norma foi abusada pelo irmão mais velho, acabou grávida dele, se enfiou em um casamento na tentativa de se salvar e acabou nas mãos de um marido abusivo. Mais de uma vez parece ter perdido tudo e tentado se salvar, só que, ao que parece, o destino não está nem um pouco a fim de ajudá-la.

E o pobre Dylan? Ele primeiro não entende porque sua mãe não lhe ama, e olha que ela tentou imensamente ao longo do caminho, e depois acaba com uma verdade ainda mais dolorosa. E o fato dele descobrir isso quando a guerra entre os traficantes da cidade está a plena vapor não pode significar que a coisa vai melhorar agora.

E se o irmão mais velho agora carrega um peso enorme, o mais novo nos apresenta mais uma faceta: quem mais ficou amedrontado com ele repetindo as exatas palavras de sua mãe quando brigava com o tio? Era como se ele tivesse a encarnado naquele momento.

E que imagens eram aquelas que ele via? Foi algo que ele viu sua mãe passar? É a imaginação dele? medo define.

Mas o momento psicótico também serviu para que tivéssemos mais dúvidas sobre o que Norman já fez em seu passado: eu fico com a impressão de que ele ainda não se tornou um assassino, quem sabe nem mesmo o seu pai tenha sido ele a matar. É como se algo ainda o mantivesse acima da água, mas ele não consegue desviar o olhar do fundo.

Achou pouco? Então o povo encerra o episódio com um tremendo incêndio logo depois do Romero ter ido acertar ponteiros com o novo chefe do Dylan. Mais encrenca na cidade.

P.S. No filme temos Norman usando as roupas da mãe, então foi impossível não ser remetida ao terror do filme quando eu o vi repetindo as palavras da mãe.

P.S. do P.S. O bonitão e a irmã estranha continuam orbitando Norma e eu acho que isso não vai acabar bem. Até porque nada acaba bem para ela. O problema é não acabar bem para o bonitão.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. A hora que o Romero for pra cima do chefe do Dylan, eu só quero ver, o bicho vai pegar. E parece que nessa cidade, ele é o mais honesto, porque a professorinha assassinada, que eu pensava ser um doce, também já estava com a vida toda atribulada.

    Tô em dúvida, em alguns momentos acredito na Norma, mas em outros até me passa pela cabeça que ela possa ter tido um romance com o irmão de propósito, ou até eles nem sejam irmãos e só ela saiba disso. Sei lá, qualquer fato desse, se for verdade (o estupro ou o romance), me deixam muito enojada e com raiva. Vou aguardar as cenas dos próximos capítulos.

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    1. Eu não sei se o Romero é honesto, mas pelo menos ele estabeleceu um limite para o que é aceitável enquanto todo mundo acha que vale tudo.
      Eu não sei se um dia a gente vai saber a verdade, parece meio Tostines: ela já era manipuladora e fez o que quis, ou ela foi manipulada e então se tornou o que é? Afffff

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  2. Achar que a professorinha era um doce? Ela já pareceu pedófila desde a primeira aparição.
    Quanto ao irmão, agredir Norman e ir embora, sem mais nem menos?
    No mínimo, não faz sentido. Chegou, quis ver a irmã, pegou dinheiro, devolveu e foi embora?
    Cada personagem que aparece, você fica com um pé atrás, não dá para confiar em ninguém.

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