Eu sempre tento escrever sobre um episódio antes que o seguinte seja transmitido. Mas, como dizem, vida é o que acontece enquanto você faz planos e então algumas coisas complicam e eu atraso. A prioridade então é colocar tudo em dia, mas se não existe um episódio seguinte para me pressionar acontecem coisas assim como aconteceu com The Good Wife: algo fica para trás.
Coisa que o final da quarta temporada realmente não merecia – dizem que a quinta foi melhor ainda – porque algumas das questões que nos assombravam desde o primeiro episódio foram resolvidas, não sem alguma tensão, e um novo futuro nos espera.
Alicia e Will: quem me conhece sabe que eu nunca fui #teamWill. O advogado nunca foi capaz de realmente fazer algo sobre a relação dos dois. Ele a ama? Até acho que sim, mas esse amor nunca foi prioridade, Will sempre se protegia. Na verdade eu acho que Will só pensa em uma outra pessoa além dele: Diane.
Então ele a queria, desde que ela resolvesse sozinha, desde que isso não atrapalhasse sua posição na firma, desde que não prejudicasse sua carreira, desde que, bem, desde que não fosse ele a ter de colocar o seu na reta.
Até mesmo no último episódio, depois do tal beijos ter “despertado algo” nos dois, é a posição de não ter posição que ele escolhe: ele mostra o vídeo para Peter porque ele não quer ser o homem que fala a verdade sobre o que aconteceu, vai que algo respinga nele; ele não aparece depois da eleição porque, bem, ele teria que fazer alguma coisa.
Então, na verdade, Will e Alicia terminaram porque ele finalmente precisava se posicionar e ele é incapaz de fazê-lo. E, sim, Alicia acabou vendo isso na série de reuniões do escritório em que ele fica sempre nem lá, nem cá, sempre falando do bem da firma e blablabla. E ele também reconhece isso, como quando ele diz querer ser mais parecido com a garota que prefere ficar na prisão do que dizer uma mentira.
O problema com paixões adolescentes revividas na fase adulta é que a decepção com a realidade é muito maior – sim, experiência própria.
Alicia e Peter: entre Will e Peter, Peter sempre foi meu favorito, mas também nunca escondi que eu gostaria que alguém novo surgisse na vida de Alicia.
Peter está longe de ser perfeito, LONGE. Mas ele se arrisca, ele tenta, ele faz e, desculpem o clichê, mas eu sou partidária de gente que faz, risos.
Morro de medo do que o poder vai fazer com ele porque ele justamente o tipo de cara que acaba metendo o pé pelas mãos porque não percebe o tamanho da merda que está passando na frente dos seus olhos.
Eu não acho que ele vai dar bobeira de novo e acabar na cama com uma prostituta, mas ele vai acabar fechando os olhos mais de uma vez para o que os outros vão fazer para que ele consiga algo e, além do fato disso ser horrível, os “outros” vão cobrar pelo que fizeram, mesmo que ele não tenha pedido.
Política é algo sujo e é bem complicado se manter fora disso.
Do outro lado, achei bonito ele ter pedido Alicia em casamento de novo. Sim, tem o lado dele saber o quanto ela é importante para ir em frente, mas eu também acho que perdê-la doeu muito mais que perder sua posição ou acabar em uma cadeia. Por isso eu acho que ele não vai escorregar nesse departamento de novo.
A questão é que ele está se casando com uma Alicia diferente agora, que provavelmente não ficaria ao lado dele na entrevista e lhe estapearia atrás das câmeras. Alicia aceitou o pedido e, mais que tudo, deu a cara na campanha, porque acredita que ele tenha mudado. O problema num caso como esse é que qualquer mínimo deslize faz com que essa fé se acabe de uma vez só.
Alicia e Cary – Uau! Muitas palmas para a coragem dos roteiristas pelo movimento final!
Nós estávamos lá, esperando por Will aparecer – tipo: a esperança é a última que morre – mas é Cary que Alicia chamou e é com ele que ela vai dar seu próximo vôo. Se eles falharam em trazer alguém que fosse um novo interesse amoroso para a Alicia, eles com certeza encontraram a pessoa perfeita para ser seu parceiro/sócio.
Ela e Cary são ao mesmo tempo parecidos e diferentes, são complementares. São a versão melhorada de Diane e Will. E eu estou muito ansiosa para vê-los juntos.
A Alicia até tentou se enganar e achar que o pessoal da Lockhart não era tão ruim assim, mas ao longo dos últimos três episódios, entre carpetes e reuniões, ela foi vendo essa ilusão se desfazer pedacinho por pedacinho.
E também estou feliz que seja a nova investigadora – desculpem, ainda não decorei o nome – a ir com eles. Um dia Kalinda foi uma das minhas personagens favoritas, hoje, nem tanto.
Alicia – Fecha-se um ciclo. A mulher que teve de mudar de casa, emprego, status social e, porque não, estado civil (ainda que não oficialmente), deixa o recinto e entra em cena uma mulher que deixou de se desculpar por ter ficado ao lado do marido mesmo depois de ter sido enganada.
Entra a mulher que escolhe seguir em frente, mesmo que isso traga outros problemas e outras inseguranças, e começar sua própria empresa.
Indiscutivelmente uma mulher mais segura de si. E que eu estou louca para reencontrar quando a nova temporada chegar.
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Simone,
quando começa a próxima temporada? Todas as minhas séries estão de férias…. ando meio perdida e abandonada! rs.
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Ai, menina, nem fala. Ainda mais esta, né? A 5ª temporada já até acabou por lá, afff!
Mas acho que coisa nova agora só depois da Copa, resta torcer para não demorarem muito.
Eu estou aproveitando para ver algumas no Netflix – estou vendo a segunda de Orange Is The New black e Jo – e acho que vou maratonear Hawai five-O e Blue Bloods, já que o ID não tem intenção de estrear as últimas temporadas.
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Saudades da Alicia. Esperando ansiosa o retorno da série.
Também estou me sentindo abandonada pelas minhas séries, por isso estou assistindo novamente Person of Interest, pq eu perdi os primeiros episódios e agora estou aproveitando para assistir tudo de novo. Que saudade do Finch e o Jhon, sem contar que o Jim Caviezel é lindo. Oh aqui em casa.