Episódios em que o assassino não é um psicopata, mas alguém que foi quebrado pelo sofrimento e busca justiça, são os mais difíceis de encarar. Primeiro porque empatizamos com o assassino, ainda mais aqui, segundo porque julgamos que a morte recebida era merecida pelas vítimas.
“Em questões de verdade e justiça, não há diferença entre problemas grandes e pequenos, com relação ao tratamento das pessoas eles são iguais.” – Albert Einstein
Para mim foi muito complicado. Primeiro tentei me colocar na situação de Sheila, que viu a irmã que ela criou voltar para casa de uma festa completamente embriagada depois de ter sido violentada. Depois viu o médico responsável pelo caso empurrando provas para baixo do tapete. Finalmente, nunca chegou perto de ver os responsáveis pagarem por seus crimes.
Mas é impossível se colocar na situação dela. É uma dor que não tem tamanho.
E é impossível, ainda que sejamos guiados pela moral e ética, ainda que sabedores de que a justiça com as próprias mãos não cabe em nossa sociedade, não pensar: eles tiveram o que mereceram.
Então é impossível desligar a televisão depois de assistir ao episódio e não sentir uma nuvem um tanto negra sobre nossas cabeças. Que fatos semelhantes jamais cruzem nosso caminho, não é verdade?
P.S. Achei legal JJ pegando no pé de Morgan, ainda mais porque a namorada dele é uma graça e está na hora dele assumir um compromisso.
P.S. do P.S. Além do desejo de justiça que pode explicar os sentimentos conflitantes que o episódio causou, é preciso reconhecer o trabalho da atriz que interpretou Sheila: caso ela fosse caricata, é provável que não nos sentíssemos da mesma forma.
P.S. do P.S. do P.S. JJ imitando Morgan foi algo a ser gravado para sempre, não foi não?