Estava vendo Parenthood…

Com spoilers para quem ainda não assistiu a terceira e quarta temporadas de Parenthood.

20121230-171629.jpg

E já se vai um ano e três meses desde que escrevi meu ultimo texto sobre Parenthood. Desde então ficamos, os fãs, esperando pela estréia da terceira temporada no LIV, que nunca veio já que o canal virou ID.

Depois esperamos pela mesma estréia no Discovery Home&Health, mas o canal começou a representação das duas primeiras temporadas da serie e continuamos esperando…

Quer dizer, mais ou menos: cansei de ficar esperando e corri colocar tudo em dia em uma maratona da terceira e quarta temporadas.

Conclusão? Eu queria que os Braverman fossem minha família e Parenthood só melhora. Não lembro de uma serie que tenha retratado com tanta delicadeza e tanto de verdade os dia a dia de pessoas como eu e você.

A terceira temporada foi marcada pelas idas e vindas de Crosby e Jasmine, pelo amadurecimento de Haddie, pelo crescimento de Adam e Cristina como pais ao enfrentarem os desafios de criar um menino com asperger, pelo recomeço de Camile e Zeek.

Sara continuou dando varias cabeçadas antes de finalmente se firmar com Mark, ainda ajudando Seth, mas não podemos dizer que ela tenha se encontrado já que ela continua trabalhando de garçonete e abandonou o sonho de escrever.

Mas foi para Adam e Cristina que foram preparados os grandes desafios da quarta temporada: Adam perde seu emprego de uma vida, Cristina fica gravida e Haddie consegue entrar em uma prestigiada, e cara, universidade.

Não era possível não ficar curioso com o que viria a seguir e é impossível esquecer de Adam e camiseta e boné, ouvindo Coconut em alto volume e arrumando a casa enquanto tenta decidir o que fará de sua vida.

Quem diria que a escolha de trabalhar com Crosby e abrir a Luncheonette daria tão certo? Os problemas no caminho eram previstos, mas os dois souberam muito bem como lidar com as diferenças e tornar oligarquia um sucesso.

Tanto que foi inesperado quando a vizinha chata querendo acabar com tudo e, pior, com chance de conseguir. Talvez uma forma dos roteiristas nos lembrar para que a gente não fique chato a ponto de esquecer do lado bom das coisas.

A cena da vizinhança toda defendendo a manutenção do estúdio foi uma graça.

A primeira metade da quarta temporada de Parenthood foi marcante, apesar de eu me irritar um tanto com Sara e suas cabeçadas. De novo. A capacidade da personagem de fazer escolhas erradas e olha que eu nunca morri de amores pelo Mark – se eu fosse Camille eu fazia Sara cortá-lo de cada um dos cartões de Natal da família.

Mark teve seu tanto de razão na conversa dos dois: Sara parece sempre fugir de quem cuida dela para tentar cuidar de pessoas que nem ao menos querem isso – alguém consegue imaginar Hank realmente cuidando dela? Ele nem ao menos ouve o que ela diz.

Eu sei que tem muita gente que acha que a personagem é uma repetição de Lorelai, mas então consigo ver isso. Lorelai colocava a filha em primeiro lugar em suas decisões, Sara esquece constantemente que já é mãe – vide ela correndo pro apartamento do Mark quando se interessa por Hank e carregando Drew no furacão.

Amber se saiu muito melhor que a mãe: seu termino com Ryan partiu meu coração em milhares de pedaços, mas ela fez o certo ao ter aprendido com os erros da própria mãe. Espero que esse chacoalhão ajude o ex-soldado a reencontrar seu caminho, quem sabe até eles voltem a ficar juntos. Deus sabe o quanto essa menina merece ser feliz!

Falando em merecer ser feliz: Crosby e Jasmine realmente encontraram o caminho para os dois entre tantas diferenças. A cena em que os dois sentam com Jabbar para falar sobre preconceito racial já entrou para o hall das minhas favoritas, assim como Crosby sentando no corredor logo em seguida, preocupado por não poder defender seu filho desse preconceito – sentimento que todo pai entende.

Assim como todo pai tem medo de que seu filho o odeie. Esse medo apareceu varias vezes em Júlia nesta temporada, que havia encerrado a terceira recebendo em sua casa um menino mais velho saído de uma família problemática.

As dificuldades dessa nova relação, de novo, foram mostradas conquista delicadeza, que muito cuidado. Os medos dos novos pais e o da criança, as descobertas. O fato de que tudo isso só acontece porque o amor que nasce é de verdade e não depende do sangue.

Agora, é inegável que esta foi a temporada de Adam e Cristina. O drama do câncer de mama de Cristina ainda não terminou e já me fez derramar lágrimas e lágrimas. Meu coração ficou pequenininho quando Adam esta ao lado dela no hospital e começa a assistir ao vídeo que ela preparou – como se ele já não tivesse ficado apertado o bastante quando Max aceita ir ao baile e Cristina o ensina a dançar.

E você esta ali, coração na mão, e vê Zeek falando sobre ver o Papai Noel para seus netos e chora mais ainda – confesso ter ficado feliz de saber que Júlia acreditou no Papai Noel até os 11 anos, já que minha filhote de 9 é uma das ultimas entre seus amigos a acreditar.

Mas eu jamais poderia apontar apenas duas ou três cenas deste episódio como preferidas, ele foi todo muito especial, fechando com chave de ouro a primeira parte desta temporada.

Afinal, esta os falando do clã Braverman, 16 pessoas que são todas muito especiais.

20121230-172130.jpg

20121230-172110.jpg

20121230-172136.jpg

20121230-172658.jpg

20121230-172714.jpg

20121230-172731.jpg

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Pelo amor de Deus, concordo plenamente com vc, essa é o tipo de série q a gente nao se cansa de assistir e ainda por cima da vontade de fazer parte de algo tão assustadoramente doce e real ao mesmo tempo.

    Responder

Deixe uma resposta