Sessão de Terapia – Semana 5

E se eu contar pra vocês que eu tinha escrito um texto extremamento inspirado sobre a quinta semana de Sessão de Terapia, justamente na sala de espera da terapeuta da minha filha, e que ele simplesmente sumiu sem deixar pistas? Além da evidente decepção de ter de escrever tudo de novo (ao invés disso eu devia estar passando roupas, não que eu goste), fica aquela sensação terrível de que agora não vou conseguir escrever o que eu queria, humpf.

Passado o mimimi, um coisa que eu tenho certeza que eu disse: que semana!! Todo mundo com as emoções à flor da pele, muita tensão e a certeza cada vez maior de que, de perto, ninguém é normal.

A surpresa da semana ficou por conta de Júlia resolvendo deixar a terapia, sinal de que ela está realmente mexida com o que tem acontecido, seria então a desistência da terapia uma fuga? Theo não conseguiu disfarçar a decepção (achei interessante a observação dela sobre a respiração), mas conseguiu segurar a bronca e dizer algumas verdades sobre o fato da médica ficar procurando uma vingança contra o seu pai, por não ter cuidado dela, apenas ferindo a si mesma.

E, se ela está fugindo, procurar pelo pai para ter essa conversa é que não vai rolar, não é verdade? Pena que parte da tensão foi embora nas cenas dos próximos capítulos e na certeza de que ela volta – para o bem e para o mal, já que agora Clarice sabe sobre ela.

Na terça a coisa piorou muito: a agressividade de Breno assume um grau absurdo quando ele revela que andou investigando seu terapeuta e fala daquela forma da esposa deste, sua filha e também de Júlia. Acho que qualquer um no lugar de Theo faria o mesmo, o que eu não consigo imaginar é como manter este cara como paciente depois de tudo que aconteceu aqui – na boa: eu mandava internar.

Eu não consigo nem imaginar como é que o terapeuta conseguiu segurar a onda e atender Nina, e acolher Nina, na quarta-feira. Ao conhecer sua mãe e ter a confirmação de que ela cria uma relação ilusória com o pai ausente fico cada vez mais na dúvida: suas tentativas de suicídio são uma forma de chamar a atenção ou ela apenas está cansada demais?

Enxerguei na agressividade da ginasta um sentimento de responsabilidade, quem sabe pela separação dos pais, quem sabe pela própria infelicidade de sua mãe. Cada vez mais sinto que a garota pensa carregar o mundo em seus ombros.

Agressividade também é a marca do casal Ana e João, que surge separado na sessão. Eu confesso que esperava mais da tal ameaça de morte que ela diz ter sofrido, mas fui incapaz de enxergar o que Theo viu: no nojo que Ana diz sentir de seu marido está seu nojo por suas próprias fraquezas e inseguranças.

Novamente é nas sessões de quarta e quinta que Theo nos mostra seu melhor como terapeuta, mas continuo não enxergando a chance do casamento de Ana e João dar certo que ele diz enxergar.

Em meio a tudo isso temos o retorno de Clarice e ela chega com duas novidades: terminou seu caso e quer tentar salvar o casamento. Por conta disso ela acompanha Theo à sessão com Dora, o que eu considerei uma das ideias mais idiotas que eles poderiam ter.

A coisa já se mostra errada nesta primeira sessão: Dora força Theo a contar sobre sua fantasia com Júlia. Acredito que, por mais que Júlia tenha o direito de saber, o papel de Dora aqui teria de ser mais isento, como se ela colocasse em outra gaveta o que sabe dos sentimentos de Theo.

Porém, é também nisso que considerei um erro que vem uma revelação aos telespectadores: o casamento teria começado a passar por problemas há um ano, mesma época em que Júlia iniciou suas sessões. Seria então o sentimento de Theo mais profundo que uma simples fantasia?

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

5 Comentários


  1. Concordo com você!
    Além da crueldade, reinou de maneira constante a falta de educação e respeito!

    Responder

  2. Que semana pesada e maldosa…
    A Júlia dando um tchau que ninguém acreditou.
    O Breno foi um verdadeiro monstro com aquela conversa de que com dois telefonemas consegue-se descobrir várias coisas…e que povo fofoqueiro,né? Contar que o cara está sendo traído, eu até engolia a base de Sonrisal, mas ainda dar detalhes do país,da cidade e do hotel que a mulher do cara estava, foi uma tremenda sacanagem!
    Não sei vocês, mas eu sou da época que seu sonhasse em mandar a minha mãe para qualquer lugar (até para a quitanda da esquina!)como a Nina fez, ela acabaria com essa ideia num piscar de olhos(não gosto nem de imaginar como…tenho arrepios só de pensar!kkk).
    O João chorar e implorar para a Ana ficar com ele foi muito triste.Parece até que se ela quiser ficar por pena, ele aceita.
    A Clarice entrou no consultório acreditando ser a “pior do baile” por ter traído o marido e saiu de lá se sentido a verdadeira enganada. Por pior que seja, ela falou para ele que estava tendo um caso, mas ele não teve coragem de dizer que estava apaixonado.
    Mesmo assim, ficaram algumas dúvidas: tanto o Breno quanto a Nina disseram que a filha do Théo apronta horrores na clínica que ela trabalha.Será que essa filha irá aparecer em algum momento? Outra é sobre a terapia do próprio Théo. Antes ele fazia uma supervisão com o Dora, mas agora ele fará terapia de casal todas as sextas? Nessa sexta, por exemplo, ele não falou nada sobre as sessões da semana.
    É o jeito será aguardar…
    Ótima semana para todos!
    P.S.: Me desculpem pelo texto longo, é que ADORO escrever e acabo me empolgando com a troca de ideias e/ou opiniões.

    Responder

    1. Isso Marcelle! Tinha colocado no texto que sumiu: acho que a tudo pode se enfrentar, possa recuperar, mas quando o respeito acaba não existe chance de se voltar atrás.
      Acho que em algum ponto vão abordar os dois filhos, já que tem aquela questão do filho ser superdotado e coisa e tal.
      Essa semana eu faltei na minha terapia, mas estou louca pra perguntar pra minha analista se rola esse tipo de coisa: supervisão virar terapia e depois virar terapia de casal. Ela já tinha me explicado que supervisão e terapia são bem diferentes, o foco é só nos pacientes e isso já não estava acontecendo com o Theo, né? E tem essa questão que parece que eles se conhecem, frequentaram a casa um do outro, acho isso tão errado.
      Pede desculpa não, eu sempre falo que criei o blog justamente pra poder falar com os loucos por séries como eu.

      Responder

Deixe uma resposta