Então choveu. Mas choveu mesmo, sem parada. Foi assim o meu feriado na praia, como eu já havia contado pra vocês. Eu também contei que faltou luz no sábado? Pois é, faltou das dez as cinco da tarde. E aí que não fossem os tais santos jogos que falei no post anterior teríamos sido todos assassinados por três crianças ativas e duas cãs malucas presas numa casa de praia.
Então que quando a chuva deu trégua – não, não é que o Sol repareceu, apenas a chuva deu uma trégua – colocamos a criançada pra fora de casa e esticamos até Ubatuba para revisitar o Aquário da cidade e o Projeto Tamar.
O Aquário de Ubatuba não é lá muito grande, nem dá pra comparar com os de Santos ou Guarujá, mas eu adoro. A gente pode colocar a mão em estrelas do mar, ouriços e pepinos marinhos e ainda tem todo o apelo de conhecer mais sobre o trabalho de preservação que a equipe faz. Sei que sempre tem gente elogiando o Aquário de São Paulo, mas eu sou muito mais a simplicidade deste aqui.
Faz tempo que ele não sofre nenhuma ampliação ou reforma, mas eu recomendo uma visita se você estiver de bobeira pela região – até porque o preço dele é BEM mais camarada que o de São Paulo (R$ 16,00 a inteira).
Já o Projeto Tamar é uma paixão (eu juro que ainda vou lá na Bahia conhecer o grandão!!): passaria horas, se as crianças deixassem, só olhando o vai e vem das tartarugas enormes de lá. E foi uma grata surpresa descobrir que ele sofreu várias ampliações desde nossa última visita, contando com novos tanques, inclusive um em que você pode ver as tartarugas por baixo da água, novas espécies, um Museu Caiçara e até mesmo um palco para shows eventuais, além da criação de dois espaços infantis bem legais, um para crianças menores e outro para os maiores inquietos.
A base na cidade é um centro de reabilitação para tartarugas doentes ou feridas encontradas em todo o litoral dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, graças a isso várias podem ser vistas pela criançada, reforçando que essas pequenas diferenças não impedem ninguém de ser feliz. Carol ficou especialmente encantada por uma tartaruga verde que estava sem sua pata traseira esquerda e sem seu rabo, mas nadava de um lado a outro com suas amigas.
Os monitores são super gentis e respondem a todas as mil perguntas da criançada. Ah, a lojinha é uma tentação com bom coração: você estará ajudando o projeto nacional de preservação das tartarugas.
Falando nisso: foi sensacional ler que, graças ao trabalho desse pessoal e outras organizações de preservação, a população de várias espécias tem aumentado ao longo dos últimos anos.
P.S. Os dois espaços não são muito grandes e são perto um do outro, você provavelmente levará duas horas para ver tudo, então vale ir pela manhã e depois aproveitar para almoçar na cidade, que tem muitas opções para famílias.
P.S. do P.S. Meus pais moram na Serra do Mar, zona de preservação da Mata Atlântica. Por conta disso a Carol e seus primos tem a oportunidade de ver de perto bichos que outros só vêem no zoológico. Na saída desta vez, por exemplo, acabamos encontrando a preguiça de segunda de forma bastante literal: uma fêmea estava logo na saída do condomínio, tentando atravessar a estrada em velocidade própria. Um outro vizinho deu uma ajudinha para que ela pudesse chegar à uma árvore sem que acabasse machucada.