Olha, dava para ter pesadelos lembrando da cena de Young Bloods em que descobrimos como os arreios são colocados nas crianças humanos, não é mesmo? Eu, pelo menos, tive que pensar em outra coisa antes de dormir para garantir uma boa noite de sono.
Isso e a cena inicial, em que a gente demora um tempo para entender que a colocação de Matt como isca de inseto foi proposital, valeram o episódio, apesar do desejo dos roteiristas de que a gente realmente se importasse com o aparecimento da filha de Weaver.
Eu já sabia que a menina não ia ficar. O duro é que, mesmo gostando de Weaver, eu não consegui me conectar com sua história. Tudo me pareceu exagerado demais: primeiro o reencontro cheio de emoções, aí o namoradinho dela apresenta aquele plano louco e a recusa do pai em executá-lo já é o bastante para ele jogar anos de ódio reprimido em cima dele. Neste momento fica óbvio que ela ficaria em perigo e que ele iria salvá-la. Ou seja, além de exagerado, a fórmula foi amarradinha demais, faltou emoção.
Ao contrário do momento de terror de que falei logo no primeiro episódio: ver que o arreio na verdade também é um bicho e que ele literalmente “se agarra com a boca” na nuca das crianças, afff, dei até pulo no sofá.
Outro drama que ainda não conseguiu me pegar é o de Ben. Eu não consigo entender exatamente qual o problema do guri. Sim, eu sei que ele se sente ligado aos insetos por conta do arreio, mas até aqui ele tem conseguido controlar bem isso, usando a raiva e os “poderes” recém adquiridos a favor do grupo. A não ser que ele esteja sentindo algo que não nos foi revelado…
A despeito disso, esta segunda temporada está conseguindo nos prender muito mais a que primeira, apesar da perda de velocidade em relação ao episódio duplo de abertura, estilo piscou-perdeu.
Torço para que eles avancem rapidamente na direção da nova base do governo, trazendo novos ares para a trama, principalmente se considerarmos que temos apenas mais seis episódios para isso.
P.S. E é isso aí, o pessoal pode falar mal, a gente pode até não ter certeza de porque assiste à Falling Skies (eu às vezes acho que assisto pelo Noah Wyle (Carter pra mim, eternamente), às vezes acho que só quero saber para onde vão, mas a questão é que estou lá, toda semana), mas a série já foi renovada para sua terceira temporada, que contará com dez episódios.
P.S. do P.S. A encrenca arrumada pela “criançada” era previsível, mas é impossível não pensar em quanto eles são incontroláveis e inconsequentes na televisão, não importa qual o tema da série em que aparecem. Medo do quanto de verdade eles representam da nova geração.
P.S. do P.S. do P.S. Eu não sei o que me arrepiou mais: o bicho descendo pelas costas da criançada ou o insetão fazendo carinho para tentar acalmar o moleco. Afff, Batman!!
P.S. do P.S. do P.S. do P.S. Falando de imagens escuras em seriados: confesso que existem cenas em Falling Skies que eu nem mesmo consigo definir os contornos, horrível.