Touch: Tessellations (01×10)

Simetria é a linguagem do universo. É escrita em linguagem matemática, e as letras são triângulos, círculos, e outras figuras geométricas, sem as quais é humanamente impossível compreender uma única palavra. Mas alguns de nós consegue falá-la. Vemos o padrão exato, nos mosaicos. Aquelas formas geométricas… giraram e refletiram… repetidamente, infinitamente. E quando você fala a língua, segue a lógica. Pode prever o próximo passo. Tem apenas que confiar onde o caminho vai dar.

A Bianca mandou muito bem nos comentários do texto sobre o episódio anterior e eu posso repeti-lo aqui sem medo: Touch toca a gente! Só consegui pensar nisso enquanto eu chorava olhando o casal se abraçando e comemorando porque ele tinha conseguido o emprego de volta e poderia ajudá-la a continuar com a medicação.

Porque eu achei simplesmente perfeito como conseguiram conectar as histórias direitinho e eu achava que não ia dar – afinal, que relação podem ter um menino judeu, um trio tentando roubar uma carga e uma mulher sofrendo de esclerose? – chegando até mesmo ao nosso novo amigo judeu preferido por meio de seu sobrinho do outro lado do mundo. Porque eu consigo ver (só eu?) nitidamente que Jake melhora dia a dia, consegui até ver felicidade de verdade em seu olhar (ou sarcasmo, no momento que ele consegue tirar Sheri de perto do computador, ajudando Clea) e isso, nossa, é um progresso imenso.

Se eu posso achar um defeito no episódio é o fato de Clea ir tirar satisfações com Abigail sobre a descoberta de que é a empresa desta que está monitorando o que Sheri está tentando fazer com Jake. Para quem andava com toda a força a frente, Abigail já tinha me soado estranha demais em seu bate-papo inicial com Martin, depois fez cara de sofredora quando Clea jogou a descoberta na sua cara, não ficou nervosa, não deu sumiço na assistente social e ainda contou a verdade.

Isso me pareceu desconexo, ainda mais se considerarmos como eles conseguem amarrar direito todo o resto. Alguém mais achou tudo isso muito estranho?

Somos todos parte deste mosaico infinito, cada cela um único favo de mel. E mesmo que partes individuais do quebra cabeça nunca se toquem, todas formam um grande mosaico. Como tijolos na parede, o todo é mais forte por cada tijolo. Tire um, e tudo cai. Apesar de não percebermos, a integridade da parede é testada diariamente. Mas a parede se sustenta… pelo apoio coletivo de todos.

P.S. Well, de personagem totalmente insossa para praticamente principal peça na trama. Essa foi a evolução de Clea nos últimos episódios.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


  1. to boba, mas vamos lá. episódio emocionante por perceber queo Jake sabe o que está acontecendo e está ajudando!!!!!!!!!!!! aquela cena para mim foi a melhor. agora eh esperar pelo fim da conversa no próximo episódio

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