Criminal Minds: Heathridge Manor (07×19)

“Somos nosso próprio demônio, e fazemos deste mundo nosso próprio inferno.” – Oscar Wilde

Super sinistro. É só isso que eu posso falar sobre este episódio – daí a escolha acertada de uma frase de Oscar Wilde e outra de Edgar Allan Poe para iniciar e terminar a história, já que os dois lidaram bastante com o lado sinistro do ser humano em suas obras.

Eu confesso que fiquei impressionada com o clima de filme de terror… O duro, triste, é constatar que o ser humano pode ser muito mais assustador que qualquer dessas histórias que brincam com nossos medos mais básicos. Aqui, o descaso de quem quer que tenha ficado responsável por aquelas crianças depois da morte de sua mãe louca acabou por jogá-los em seu próprio ciclo de loucura.

E não é nada difícil imaginar que a garota que vê o diabo em sua porta e se sente feliz começará outro. Como assim deixaram-na livre? Como crer que alguém que passou pelo que ela passou – duas vezes – poderia levar uma vida normal depois disso. Cadê a avaliação psicológica?

Porque não era uma casa que causava desilusões – apesar de cenário tétrico que ela é -, mas os humanos que nela habitaram.

Um episódio fora dos padrões de Criminal Minds, apesar do assassino em série, apesar da análise de perfil, apesar da equipe viajar em seu avião, porque deixa na gente a lembrança da loucura e não do crime em si ou de como bandido foi pego afinal.

Um excelente episódio.

“Tudo que vemos ou sentimos não é mais que um sonho dentro de um sonho” – Edgar Allan Poe.

 

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

5 Comentários


  1. Viram quem faz o Detetive Gassner? Se não me engano ele faz filme de terror, Freddy Krueger.

    A todo o momento do episódio um fato diferente para ampliar ainda mais a loucura de mãe e filhos.

    Na boa, a jovem não estava trancafiada ou amarrada pra não poder sair e pedir ajuda, ou seja, já ali eu senti que havia algo “estranho” com ela tb. Não era apenas uma vítima do irmão… Me admiro muito da equipe que deveria “cheirar” encrenca de longe, não repararam que ela não poderia se livrar daquele descontrole familiar?
    Até qdo ela diz para o irmão que poderia morrer, ão percebi tanto medo assim.

    “Aqui, o descaso de quem quer que tenha ficado responsável por aquelas crianças depois da morte de sua mãe louca acabou por jogá-los em seu próprio ciclo de loucura.” – Desculpa, mas não concordo contigo. Acredito que este tipo de patologia seja dividido entre os familiares próximos, tendo ou não sido influenciado diretamente, como o caso da irmã. Penso que quando fazemos parte do contexto, é sempre difícil detectarmos os sintomas. No caso do episódio, o que ocasionou o desequilibrio do jovem foi a morte do avô, ou seja, sempre, qualquer um de nós, necessita de um agente determinante pra extravasar nossos fantasmas. Talvez seja por isso que dizem que não sabemos o que seríamos capazes de fazer… é sempre um mistério.

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    1. Sim Libriane, ele fez o Freddy Krueger e vira e mexe participa de alguma série, no ano passado participou de Bones. Mas eu achei sua participação tão pequenininha que nem mereceu destaque.

      Então, eu acho que se o menino tivesse recebido atenção diferenciada após a morte da mãe, se alguém tivesse ouvido o que ela havia plantado na mente dele e procurasse por ajuda o pior poderia ser evitado. Mesmo que no caso ele tenha herdado a esquizofrenia dela, algo poderia ter sido feito, por isso acho descaso sim. A morte do avô pode até ter sido o gatilho, mas o mal tinha sido plantado muito antes.

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  2. em relação à menina (ela é a becca de californication, não?), as amarras nem sempre são físicas. obviamente o irmão conseguiu outra forma de apresioná-la, apesar dela tentar ser “normal’. amei o episódio, mto bom mesmo. bjs! (ah, adoro o freddy krueger!)

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  3. Eu também acho que foi negligenciado a probabilidade genética dos filhos terem os mesmos problemas que a mãe, se não o mesmo, qualquer outro transtorno mental. Quem vem de família com histórico, fica em alerta principalmente nessa idade quando pode aparecer os sintomas, seja esquizofrenia, bipolaridade, depressão e outros… fiquei com pena 2x daquelas crianças não terem o acompanhamento adequado. Agora a 2 com a menina sozinha af. Espero que ela não vire um episódio futuro de CM.

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