Uma aula de história. Acho que foi um pouco disso que eu senti neste episódio de Pan Am e, aqui entre nós, eu adoro história e adorei a forma como um dos mais famosos discursos de Kennedy foi mostrada, mesmo sem termos um ator de renome para interpretá-lo e vendo-o apenas acenando nas sombras. Ao invés do homem famoso, o clima da cidade, a loucura dos cidadãos.
Talvez o cuidado com que fez isso também seja o calcanhar de Aquiles de Pan Am: como uma amante da história, principalmente no que se refere à Segunda Guerra e suas consequências na Europa, eu consegui entender as pequenas referências, consegui entender o desespero de Maggie para finalmente conhecer aquele que, para muito e muitos americanos da época, era mais que um presidente, mas sim um predestinado (não à toa as diversas comparações entre os Kennedys e Camelot, não é mesmo?).
Assim como foi emocionante entender porque Colette nunca tinha ido para cidade ou o que ela sente quando se vê em uma festa alemã. Ou entender porque ela não é capaz de perdoar e não julgá-la por isso. Da mesma forma que entendo que as pessoas que ela “não perdoa” também não são culpados de verdade – não todos eles – e que eles viram naquele discurso do líder da nação que foi capaz de acabar com aquela guerra uma forma de perdoarem a si próprios.
Mas não acho que boa parte da audiência jovem entenda e aí, para esse público, o episódio provavelmente foi chato. Ou confuso. Até porque contar a história de trás pra frente não foi a melhor ideia.
Se, de um lado, o que me encanta é justamente essa aura de “queridos, nós estamos nos anos 60 mesmo e não vamos sair explicando nada, viagem conosco nessa história”, do outro fica o medo de que o não desenvolvimento de uma história das meninas da equipe no tempo atual (não seis meses antes, um ano antes, na infância) afaste os espectadores.
P.S. Mais alguém achou meio absurda a forma como Kate entrou naquele carro? Eu consigo compreender todo o resto, ela ajudando a moça, ela fazendo a loucura de levar a menina lá para dentro da festa. Mas não consigo entender ela entrando no carro acreditando em tudo que a loirinha falava.
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Adoro a série. Miha personagem favorita é Colette, claro… Acho muito parecida com Marjorie Estiano, tanto na aparência quanto no talento.
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Libriane: eu não tinha feito essa ligação com a Marjorie, mas realmente se parecem. Ela também é minha personagem favorita.
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Isso sem falar que teremos um personagem para Goran Višnji? (nosso eterno Luka de E.R.)… ÔHH lá em casa!!!