Opinião: Luck – HBO

O maior chamariz para Luck é, sem sombra de dúvida, Dustin Hoffman e ele não nos decepciona neste primeiro episódio da nova aposta da HBO , mesmo que sua participação não tenha sido tão grande. Vamos dizer que o que vemos dele nos basta para lembrar o quanto ele é um bom ator. Além disso, ainda contamos com Michael Mann na direção e David Milch na produção.

Luck, na verdade, é de um apuro técnico exemplar: fotografia, trilha, locações, tudo muito bem feito. O verde dos gramados enche os olhos, assim como as lindas tomadas que focam os cavalos, seja nos estábulos, seja nas corridas.

Além disso, Dustin não é a única estrela: temos um redescoberto Nick Nolte, Kevin Dunn, Jason Gedrick (envelhecido demais, não?), John Ortiz, Dennis Farina, Richard Kind e Jill Hennessy. Um elenco para o sucesso.

Ainda assim eu duvido que eu assista ao segundo episódio da série. O primeiro episódio de Luck, que já teve sua renovação garantida após a exibição deste piloto, foi simplesmente… CHATO.

Primeiro porque parte da premissa que conhecemos o mundo das corridas de cavalos, seus bastidores e seus personagens. Não é feito esforço algum para nos explicar nada, na verdade é um episódio que exige de nós muita atenção, porque mesmo os principais pontos da história não são entregues de forma simples, é preciso enxergar sozinho aonde as coisas começam a se ligar e porque um jóquei que fala que vai correr bem é um problema.

Segundo porque eu não resisto a mais uma cena de cavalo sendo sacrificado. Não assim, tão simples e tão crua. Sim, podem me falar que é assim mesmo na vida real, que não existe lirismo algum, que um cavalo que quebra a perna é morto e pronto. E, se é assim na vida real, deve ser um dos motivos que eu nunca serviria para viver essas histórias e é por isso que eu não sirvo para vê-las na televisão.