Vamos falar mal dos Golden Globes?

Porque, afinal, é quase sempre isso que acaba acontecendo: a gente fica na torcida, dá nossos palpites, assiste ao show e sempre reclama de alguma coisa, já que a nossa opinião e a opinião de quem decide quase nunca bate. Então, antes que você comece a ler meu texto lembre-se que aqui são as minhas opiniões, que podem não bater com as suas também.

Começo dizendo que achei a cerimônia chata. Assim como o último Oscar e o último Emmy. Acho que o formato já cansou seu tanto e o troca troca de apresentadores a fim de mudar algo não tem sido suficiente para nos fazer sobreviver às mais de duas horas de cada programa. Não fosse o casal gracinha Felicity Huffman e Willian H. Macy improvisando uma cantoria no momento da entrega do prêmio de melhor atriz coadjuvante em televisão eu não teria nenhum momento realmente bom para destacar. Reveja aqui que fofos!

Não, nem Rick Gervais consegui salva a noite – talvez tenha sido podado demais pelo pessoal da produção, já que no ano passado muita gente achou que ele exagerou nas piadas ofensivas.

Não bastasse isso, até eu descobrir que a TNT tinha colocado a opção de SAP neste ano – humm, os protestos passados deram resultado – fui obrigada a ouvir verdadeiros absurdos de Rubens Ewald Filho. Não vou julgar sua carreira como crítico de cinema nem nada, mas ele com certeza foi infeliz em muitos de seus comentários depreciativos e desnecessários (ofendeu Jessica Lange, Michelle Willians e Christopher Plummer), seus erros constantes nas categorias de televisão (dizer que só um indicado em ator coadjuvante era de seriados, por exemplo, enquanto 3 eram) e o momento mais vergonha alheia quando ele não lembrava o nome da Morena Baccarin (valeu vergonha alheia até pra tradutora que depois disse o nome “só para referência”).

No saldo deste ano eu confesso ter reclamado bem menos que o usual, já que o pessoal resolveu me surpreender e dar o prêmio principal da categoria drama para Homeland, o dono atual do meu coração viciado em séries de TV, reconhecendo ainda Claire Daines por seu desempenho excepcional na série. A série já está sendo anunciada pelo FX e será transmitida legendada.

Acabei ficando surpresa com o prêmio de Kelsey Grammer em Boss, não por considerar desmerecido, mas porque achei que a série não havia feito barulho suficiente ainda para chamar a atenção. Kelsey está realmente bem no papel do prefeito que descobre ter uma doença degenerativa e resolve manter isso em segredo enquanto enfrenta a batalha política para eleger governador um indicado seu.

No campo dos coadjuvantes tudo também bem por aqui: Peter Dinklange, Game Of Thrones, faturou um merecido prêmio, já que ele é a melhor coisa da série, enquanto Jessica Lange levou o seu por American Horror Story, que eu não assisto, mas, dizem, ser ela também o melhor que a série tem a oferecer.

Quando seguimos para as categorias de comédia ou musical é que a coisa complica seu tanto: Laura Dern, cujo talento eu reconheço, deixou para trás Laura Linney (The Big C), Tina Fey (30 Rock) e Amy Poehler (Parks And Recreation), ganhando por seu papel em Enlightened. Apesar de gostar da série – preciso escrever a respeito dela, inclusive – não consegui ver algo que justificasse o prêmio, não é que ela tenha sido exatamente exigida pelo papel, entendem o que quero dizer? E ela em momento algum consegue arrancar risadas por ele – vamos lembrar o nome da categoria, certo, gente?

O segundo tombo, maior que o primeiro, foi ver Matt LeBlanc, que eu adoro, levar um prêmio por interpretar a si mesmo em Episodes. Vejam o detalhe: ele ganhou um prêmio por interpretar a si mesmo. Se é assim Charlie Sheen mereceria vários prêmios por Two And A Half Men: pelo menos ele era muito mais divertido.

Episodes é uma série que não me ganhou, apesar de eu me submeter a toda a sua primeira curta temporadas: temos um pouco do humor inglês que eu tanto gosto, mas tudo me soa deslocado. E se alguém merecia reconhecimento é a dupla de coadjuvantes, Stephen Mangan e Tamsin Greig,  que, na verdade, são os únicos motivos de voltarmos no episódio seguinte.

A categoria de coadjuvantes, diga-se, acabou dominada por atores em séries dramáticas e minisséries, por conta disso a dupla que citei acabou nem sendo indicada – sim, eu também acho que eles deviam separar drama e comédia nas categorias secundárias.

Já melhor série comédia ou musical acabou ficando para Modern Family, entre os indicados, a mais adequada escolha.

Falando rapidinho de minisséries e filmes para a TV: a linda-maravilhosa-vitaminada Downton Abbey faturou a categoria principal, enquanto Kate Winslet levou o prêmio de melhor atriz por Mildred Pierce e Idris Elba o de melhor ator pelo fime Luther (que eu não vi ainda).

Cinema: teve Tintin faturando de melhor animação, Meia-Noite em Paris melhor roteiro e Meryl Streep amada levando de melhor atriz!! #TODOSCOMEMORA

A lista completa dos ganhadores, bem como fotos do evento, podem ser encontradas no site oficial dos Golden Globes, é só clicar aqui.

E enquanto o imperdível Troféu da Tia Batata Transgênica não vem fiquem com:

Red Carpet Para Eles – só digo: Jake Gyllenhaall, Ewan McGregor e Uggie são puro amor!!!

O Tapete Vermelho delas – hummm, todo mundo adorou Angelina Jolie, eu achei ela tão pálida, o vestido não ajudou, meio morta viva. Emma Stone, Michelle Willians e Helen Mirrem maravilhosas! Jessica Biel não acerta uma! Lea Michelle está no mesmo caminho…

As melhores frases segundo o TV Squad – não tem as do Rubens, lembro de ter visto um post com esse apanhado também mas não estou achando

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

13 Comentários


  1. Olá garota!
    Sou seriemaníaca confessa e concordo com você em quase tudo. Recomendo que assista American Horror Story e veja a atuação de Jéssica Lange que é memorável.
    Senti falta de premios para Justified, principalmente para Margo Martindale e não achei a atuação de Dinklage tão excepcional assim, mas como você diz, é opinião pessoal.
    Já Downton Abbey é ótima e o premio foi muito merecido.
    No mais, parabéns pelo blog que é muito bacana!

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    1. Então Marcia, eu já baixei AHS, ia assistir nas férias, mas acabou que viajei e não vi. Tô curiosa com o que fizeram e aposto que Lange deve ter arrasado mesmo.

      Justified é uma injustiçada de público e crítica né? Eu acho que tanta coisa leva aos críticos não olharem para certas séries: se é policial, já não gostam; se é de canal muito alternativo, idem; se não tem grande nomes… Sei lá, acho que eles simplesmente não são fãs de tv mesmo, sabe?

      Obrigada pelo carinho!!

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  2. A série Homeland ai passar no FX? Durante a transmissão o Rubens disse que passaria na TNT?
    Ele não estava num bom dia, esquecer o nome da Morena foi triste.

    O apresentador estava bem sem graça também. Ano passado ele foi melhor apesar das criticas ( que foram criticas dos criticados). Ano que vem sugiro que eles deveriam chamar a Sofia Vergara para apresentar. Ela sim tem é engraçada.

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    1. Oi keila, o que vai passar na TNT é Boss, com o Kelsey Grammer. No FX já estão passando os comerciais anunciando estréia para breve. Muito vergonha a história da Morena, dúvido que ele não tivesse um papel na mão com o nome do povo. Tipo: ele fez de propósito, mostrou desprezo.

      Humm, Sofia pode ser uma boa opção. Apesar de eu achar que o roteiro em Modern Family é responsável por boa parte da graça viu?

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      1. Homeland vai passar no FX? Só assim para eu assistir aquele canal. Rs….
        Ainda não assisti a série , mas tenho curiosidade. Gosto da Claire desde da época que eu era adolescente e assistia a série dela, no qual ela também ganhou um globo de ouro ( com 15 anos)!.

        Quanto a apresentação, acredito que todos tem que seguir um roteiro, mas já assisti algumas entrevistas dela e achei ela engraçada.

        Responder

      2. Homeland vai passar no FX? Só assim para eu assistir aquele canal. Rs….
        Ainda não assisti a série , mas tenho curiosidade. Gosto da Claire desde da época que eu era adolescente e assistia a série dela, no qual ela também ganhou um globo de ouro ( com 15 anos)!.

        Quanto a apresentação, acredito que todos tem que seguir um roteiro, mas já assisti algumas entrevistas dela e achei ela engraçada. Outra pessoa que lembrei agora é a Betty White! Ela é muito fofa! rs..

        Responder

  3. Não tenho mais paciencia para assistir People Choice, Oscar, Golden Globe e afins…. preferiro ler quem está concorrendo e depois o resultado. Já ouvi muita aberração de Rubens Eward Filho comentando o Oscar pela TNT… Comentava uma coisa e acontecia outra… E não era imparcial… via-se qdo não aprovava o escolhido.

    Simone, a serie de Matt LeBlanc passou em algum canal aqui no BRasil? Não me lembro… Concordo com vc, para ganhar um premio por interpretar a si mesmo ninguem melhor que Charlie Sheen…. Ele sim merecia o GG….

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    1. Marcia, eu ainda assisto por conta da torcida que não consigo deixar de fazer para os meus favoritos, mas é um porre. Normalmente eu assisto fazendo outra coisa ao mesmo tempo. Rubens não consegue ser imparcial, por isso fica claro quando ele gostava do vencedor de algum prêmio, né?

      Episodes ainda não passou por aqui não e não vi notícias de ninguém passar, quem sabe agora com o prêmio. Mas eu acho ela chatinha.

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  4. Querida Simone
    adorei seus pitacos 😀
    e amei os 2 prêmios pra Homeland u-huuuuuu \o/
    só uma correção Luther é série e não filme inclusive o Idris Elba podemos vê-lo em A Escuta que a Band está exibindo toda semana depois de Pilares da Terra

    para mim fiquei muito surpresa com os prêmios para o Matt LeBlanc e Laura Dern

    e as premiações secundárias deveriam mesmo ser separadas

    torcendo para que o ano que vem tirem o Rick Gervais pois era claro o desconforto de todos toda hora que ele abria a boca e não sabiam para onde e pra quem iria a metralhadora dos seus comentários

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    1. Oi Cleide!

      Sabe que eu nem acreditava? EU não botava fé que Homeland levasse, então foi felicidade em dobro. Não sabia que Luther era série, você viu? Vale baixar?

      The Wire é uma aula de seriado policial!!!!

      Não tinha prestado atenção, mas você está certa: todo mundo na platéia parecia meio desconfortável.

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  5. Infelizmente esqueci completamente e não assisti a entrega. Mas pelo que vc escreveu, as coisas não mudaram. Rubens Ewald Filho é uma enciclopédia de cinema, gosto de suas críticas, mas não entende nada de tv. Deveria haver dois comentaristas, um para tv ou para cinema. Acho que a imprensa estrangeira também não entende nada de tv, é um prêmio que não deve ser levado à sério no que tange aos prêmios televisivos.
    Nunca vi a série de Kelsey Grammer, mas sei lá, não aguento mais tantos prêmios para ele, acho demais. Parece que ele pode fazer qualquer coisa, que acham que existe obrigação de premiá-lo (e depois ele tirou o prêmio de Damian Lewis né?)

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    1. É Ivonete, não mudaram mesmo. Concordo com a ideia dos dois comentaristas e não entendo a TNT ainda não ter feito isso com o tanto que a gente reclama.

      Não fico brava pelo fato de Grammer levar os prêmios sempre – aí eu fico com o Alec Baldwin – mas como a gente tem outro preferido né?

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  6. Olha, nós baixamos o GG e estamos assistindo aos poucos (tapete vermelho + o programa em 2 partes). Sinceramente, pelos comentários, estava com a expectativa bem baixa, mas até que estou gostando.
    Não creio que devemos colocar a “culpa” pelo desconforto no Rick Gervais. Por mais que ele seja o apresentador, ele não é o roteirista. Então não é ele que “bola” as piadas. Tá, pode ser que os roteiristas pensem as piadas a partir de quem vai ser o apresentador, mas, enfim, a culpa deveria pelo menos ser compartilhada, hehehhehhe! Por isso que acho que a Sofia Vergara pode ser uma boa apresentadora, acho muito engraçado ela falando com aquele sotaque forte dela.
    Uma desvantagem de ver depois a entrega é que já sabemos quem ganhou os prêmios. Mas também não ficamos ansiosos… A maior vantagem é poder passar as partes menos interessantes. Ah, sim, com o áudio original!
    Mas, na real, o problema maior mesmo é o aumento de séries e filmes que queremos ver! Já tinha ouvido falar muito bem de Homeland, mas o que realmente me motivou a vê-la foi ver o Mandy Patinkin junto com o elenco!

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