Costurando…

Vocês já perceberam que a maior parte da mulherada na faixa de 20, 30 anos, teve mães que costuravam, mas não costura? Eu acho isso engraçado. Minha mãe sempre costurou, minha tia costura para fora até hoje e fez boa parte das roupas sociais que já tive. Eu? Quando pequena minha avó me deu uma Singer de mão, que tenho até hoje, para fazer umas roupas para a Barbie, usando dos retalhos deixados pela minha tia.

Já adulta, principalmente nos últimos anos, eu me aventurei a cortar uma ou outra roupa, fazer algumas aplicações (de gatos…) e ajudar minha mãe a fazer bolsas, mas ajudar de longe. É como se, entre a infância da Singer de mão e as customizações, eu nunca tivesse pensado em costurar.

E, quando comento isso com alguma mulher da minha faixa etária, não é raro elas repetirem o mesmo. Principalmente quando eu expresso o fato de não ter aprendido com minha mãe a costurar apesar dela costurar sempre. Acho que é um misto de nós olhando para fora em busca de realização e nossas mães não querendo nos prender no que tínhamos dentro de casa. Um pouco, talvez, porque a elas tenha faltado a opção de escolher entre o que o mundo oferecia fora das protegidas paredes de casa e, daí, quererem que nós vivessemos o que não viveram.

Mas tanta divagação é só para contar que fiz minha primeira aula de costura e, como a própria “professora” Pat citou: nunca tinha mexido numa máquina e resolvi me aventurar a fazer uma oficina de necessarie com forro e zíper (ficou bonitnha, né?). Acho que, como com a bicicleta, simplesmente achei que já que eu queria, vamos fazer logo de uma vez ao invés de ficar dando desculpas do porquê não fez.

Marido fora, Carol foi arrastada para o meio de tecidos, linhas e alfinetes, me ajudou um pouquinho, fotografou um pouquinho, se cansou um pouquinho, mas se comportou muito bem, me encorajando mais a fazer outras aulas, criar esse compromisso comigo mesma.

Saí da aula com sentimento de missão cumprida e muito orgulho de mim – ainda mais porque a professora falou que eu me saí muito bem para alguém que nunca tinha pilotado uma máquina de costura industrial.

Não vejo a hora de eu e ela – e uma máquina de costura – possamos dividir mais essa descoberta e criar diferentes e deliciosas lembranças pro futuro.

E para quem, como eu, resolveu descobrir um talento novo, dá uma passadinha no blog da Pat para acompanhar a programação das próximas oficinas e cursos.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

6 Comentários


  1. Aprender a costurar faz parte dos meus planos, sem duvidas. Quero comprar uma maquina nova para minha mae (a dela tem aquele pedalzaaaaao) so para poder aprender tambem.
    E da para fazer tantas coisinhas lindas….

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    1. Eu já vou juntar dinheiro para comprar uma para mim, a da minha mãe é muito boa ainda, mas ela usa bastante. Eu adorei ver o resultado, aquela coisa do fui eu que fiz…

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  2. Si, agora q tu aprendeu a costurar, nós vamos ficar ricas! olha só: a gente desenha as roupas, tu costura e eu cuido do e-commerce (com a experiência q eu tive com o brique). q tu acha?

    nós ainda vamos rir muito dessa nossa pobreza de agora qdo estivermos abrindo nossa filial em NY, hein? 😀

    beijo!!!

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  3. Agora fiquei com vontade de aprender. Lembro da minha mãe fazendo curso quando eu era adolescente…. E eu, rela que sou, não sei nem pregar um botão 🙁

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