Law&Order LA: Echo Park (01×02)

E entra em cena o promotor D.A. Joe Dekker. Eu não poderia, inclusive, imaginar dois perfis mais diferentes, complexos e interessantes para os dois promotores do seriado – e o fato de serem interpretados por grandes atores só ajuda, é claro.

Num caso com referência ao bando de Manson o seriado mostra que tem espaço para crescer, principalmente se explorar as diferenças de forma e estilo de seus personagens principais – não somente na promotoria, mas também na dupla de detetives. Ainda pudemos contar com  mais um personagem para isso: a esposa de Winters, Casey, uma policial agora aposentada, mas que parece encarar as exigências da polícia de forma bem diferente de seu marido.

Mas o brilho do episódio, sem sombra de dúvida, foi o embate entre o promotor e seu chefe – eu confesso que tenho uma birra com Peter Coyote desde aquele filme pesado em que ele acaba em uma cadeira de rodas (alguém ajuda? naomi?) – entre fazer o certo ou fazer o que trará menos discussão depois.

Como ainda não conhecemos muito do passado dos personagens, acaba nos soando bastante arriscado o desafio feito por Dekker ao agir de forma diferente do que havia sido orientado, o que dá um sabor especial ao episódio.

Eu, devo dizer, fiquei bem satisfeita com o que fiz. Apesar de ainda não ter perdoado o fato deles terem mudado a música de abertura.

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Algo que pouca gente sabe sobre mim (se é que eu já contei para alguém): eu sou APAIXONADA por Red Hot Chili Peppers. É engraçado porque eu tenho uma ligação muito sentimental com músicas, normalmente me apegando mais as letras do que as melodias. E, avaliando bem, nada nas letras do Red Hot dizem respeito a experiências que tive em minha vida. Na verdade, o som do grupo é algo muito pessoal também, diz respeito as experiências de Anthony e os demais membros do grupo e ao litoral americano.

Mesmo com tudo isso, eu normalmente viajo cada vez que ouço uma música deles. Às vezes ouço vezes e vezes seguidas, acompanhada da letra, numa tentativa quase sempre infrutífera de acompanhar o ritmo meio metralhadora do vocalista.

Este episódio abriu com a música Venice Queen, escrita por Anthony após a morte de uma amiga chamada Gloria, de quem ele se aproximou quando os dois se recuperavam do vício em heroína. A carinhosa homenagem mostra um lado de Anthony pouco conhecido do grande público. O cantor sempre teve o perfil de protetor, desde suas irmãs mais novas, até os colegas de escola que sofriam abuso. Ele e Flea, na verdade, se conheceram na escola, Flea batendo em um menino menor e Anthony o defendendo. Depois os dois viriam a se tornar grandes amigos.

Mais uma dessas músicas que eu não canso de ouvir:

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

7 Comentários


  1. É claro que precisa de ajustes, mas este episódio já foi melhor que o primeiro. Por mim, o “Lei e Ordem” original poderia durar mais 20 temporadas, não achava que já estava saturado, mas a audiência americana é que manda.

    Falando nisso, você teria alguma notícia sobre o lançamento de “Lei e Ordem” em dvd? Parou na segunda temporada, nenhuma esperança de que lancem as outras? SVU e até “Criminal Intent” já foram lançadas várias temporadas e o primeiro e original nada.

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    1. Ivonete:eu continuo assistindo às reprises na Universal. Eu adoro, ele tem um clima todo dele. Acho que vou gostar do LA, mas não será a mesma coisa.

      No ano passado eu perguntei a Universal, divisão de DVDs, e eles me responderam que nem previsão tem de lançamento. Eu sempre achei que eles não dão o devido valor ao seriado.

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      1. Eu também sempre assisto os reprises, mas parece que eles passam até a nona temporada e depois voltam a partir da sexta, nunca reprisam todas as anteriores a partir da primeira, por isso acho que já assisti todos os episódios que eles costumam reprisar.

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    1. Libriane: meu palpite é que ela tinha sim se excedido, talvez pela inexperiência e pela vontade de fechar seu primeiro caso. Acho que esse assunto volta uma hora dessas.

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