É comum, quando alguém me pergunta sobre o efeito das chuvas sobre a cidade de São Paulo, eu explicar que, como moro na mesma altura que a Avenida Paulista, praticamente não sinto os efeitos dos temporais de verão que têm assolado a cidade: o dia em que a água chegar até aqui a cidade terá acabado antes.
O maior efeito das chuvas, até ontem, foi a falta de coragem de encarar trajetos diferentes do meu dia a dia (Pompéia – Paulista – Pompéia), como por exemplo hoje, que é aniversário da minha comadre Samantha e eu não sei se conseguirei ir ou não, já que novamente a previsão é de fortes chuvas no final da tarde.
Mas a tempestade de ontem afetou, e muito,o pessoal que vive nas alturas: no trajeto entre a estação de metrô Sumaré e minha casa, pouco mais de 2, 3 quilometros, passamos ao lado de pelo menos 03 árvores caídas.
Além disso, o painel em frente a escola da Carol foi derrubado pelo vento, bem como um dos painéis da quadra poliesportiva.
Na Avenida Pompéia eram muitas as pessoas nervosas com o trânsito: o trecho em frente ao Hospital São Camilo, entre a Rua Alfonso Bovero e Rua Tavares Bastos, foi interditado nos dois sentidos devido ao grande número de galhos e árvores caídos – uma das maiores belezas da avenida, para mim, sempre foi a linha de árvores que se inicia nesse trecho e vai até o final da avenida. Em uma das paralelas, na Barão do Bananal, a cena não era tão diferente.
Na minha rua as coisas estavam mais calmas, mas desci duas quadras até a academia e não pude fazer aula porque não tinha luz.
Ou seja, agora, além de me preocupar em não ir para nenhuma região passível de alagamento após as quatro da tarde, preciso me preocupar aonda paro meu carro durante o dia – longe das árvores – e se o caminho até em casa estará livre de árvores. Uma pena a maneira como a cidade tem sido castigada.