Criminal Minds: House On Fire (04×19)

Criminal Minds House Of Fire

Eu esperava muito de House on Fire: a premissa de um assassino em série que usa incêndios como arma despertou uma expectativa não atendida; do outro lado adorei Garcia em cena como profiler, ainda mais porque ela jamais perde seu lado humano. Como Hotch bem diz no final do episódio: nós não queremos que ela mude nunca.

O que mais gosto no seriado estava lá: o estudo das pessoas e situações, tudo isso numa realidade aumentada em função de se tratar de uma pequena cidade, onde todas as vidas se interligam, como bem demonstrado pelas paredes da sala de Garcia.

Mas me decepcionei foi, em resumo, o crime do cinema. Achei que a cena soou um pouco falsa e me acostumei com o excesso de realismo que esses últimos episódios de Criminal Minds nos ofereceram.

Garcia ganhou grande espaço no episódio, admito que de forma nem sempre justificada, porque a equipe em campo poderia ter feito boa parte do trabalho que ela fez, mas foi fascinante ver sua autêntica decepção ao ir descobrindo os segredos obscuros de cada um dos moradores, mesmo os aparentemente perfeitos.

Se avaliarmos bem, este foi o primeiro episódio em que Garcia teve real presença na tela como membro da equipe, em Penelope ela também teve, mas como vítima.

Falando do crime em si: assim como Garcia, me foi impossível não me envolver e não ter pena de Tommy. A revolta que sentimos é pouco perto do que o rapaz sentiria, mas é muito fácil imaginar como ele se sentiu ao ser desprezado ao ser excluído da vida de sua irmã.

Sim, tudo foi feito com base em boatos, mas imagino que os avôs tenham pensado estar fazendo o certo – mesmo me parecendo absurdo imaginar que alguém possa ficar bem ao ser isolado – enquanto os demais membros da comunidade não consideravam estar fazendo nada demais.

Criminal Minds House Of Fire 04x19

É difícil imaginar o que faríamos. O episódio foi muito feliz em mostrar a crise de consciência do médico e do policial ao entenderem que aquelas mortes foram vingança. Nenhuma morte é justificada, mas nenhuma maldade também o é. Uma pena é que a consciência da culpa sumirá tão mais rápido do que ela surgiu e tudo voltará a ser como antes, possivelmente com exceção daqueles diretamente atingidos pela tragédia.

Acho que foi uma das poucas vezes em que eu realmente, tive empatia pelo assassino, desejando que tudo pudesse ter sido diferente.

Publicação original no Teleséries.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

Deixe uma resposta